30 dezembro 2010

Planos de Leitura da Bíblia

Abaixo segue um link para download de vários planos de leitura da Bíblia. Você pode escolher o que melhor se encaixa com sua agenda e disponibilidade. Lembrando que o que vale é ler a Palavra de Deus meditando e não apenas para cumprir um roteiro de leitura.
Para baixar o plano clique na seta verde e imprima.

Boa leitura a todas!

http://www.4shared.com/dir/827756/e43e3f06/Planos_de_Leitura_da_Bblia.html

A JOIA DE UM ESPÍRITO MANSO

“Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus”. (1 Pe 3.4)

Você leu atentamente acima as sagradas palavras da Bíblia? Durante séculos, estas palavras maravilhosas têm levado as mulheres que amam a Deus a se revestir interiormente de um espírito manso e tranqüilo. Mansidão e tranquilidade, dois traços de caráter preciosos aos olhos do Deus que tanto amamos!

Porém, muitas mulheres (quem sabe você também, minha querida?) se têm perguntado: “O que significa um espírito manso e tranquilo? E como eu posso me vestir interiormente e me ornamentar com essas duas lindas jóias?”

Uma definição simples, porém maravilhosa, responde a essa pergunta: ter um espírito manso (ou meigo) significa “não criar transtornos”, e ter um espírito tranquilo significa “portar-se com serenidade diante dos transtornos causados por outras pessoas”. Hoje vamos analisar mansidão. Amanhã, analisaremos a tranquilidade.

Ter um espírito manso significa não criar transtornos. Pense nesta definição baseando-se na vida e exemplo de Jesus. Quando Jesus descreveu a si próprio, Ele disse: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Posteriormente, Ele, que é o Rei do universo, se apresentou diante de nós não como um guerreiro poderoso e conquistador, mas como um homem humilde e manso montado em um jumentinho (Mt 21.5), recusando-se a lutar ou contender e, tampouco, a esmagar a cana quebrada (Mt 12.19,20).

Você captou a ideia? Percebeu a linda mansidão que Deus tem em mente para você como uma de suas servas escolhidas? Não somos chamadas para a agressão, combate, contenção. Somos chamadas para mansidão, benignidade, indulgência e paciência. Em vez de sermos ríspidas, violentas, dominadoras, provocar as outras pessoas e causar transtornos, devemos demonstrar atitudes cativantes, agradáveis e encantadoras. Um chamado sublime, é verdade!

Você deseja usar a preciosa jóia da mansidão? Revista-se, então, do Senhor Jesus Cristo (Rm 13.14). Tendo Jesus como adorno principal, a mansidão dele se evidenciará enquanto você caminha pela vida... com espírito de mansidão, sem criar transtornos!

Elizabeth George

Mensagem de fim de ano

Queridas alunas,

No ano de 2010 plantamos sonhos, alimentamos esperanças. Muitas de nós realizamos alguns desses sonhos, mas outras ainda não: seja um emprego, passar em um concurso, cursar uma faculdade, graduar-se, constituir uma família pelo casamento, ou outro sonho qualquer. Talvez, para algumas de vocês, o ano de 2010 foi ano de decisão e desafios. Ano de perdas e conquistas. Ano de mudança de planos.

Mas, o que resta de tudo isso neste final de ano não é apenas o realizar dos sonhos nem ao menos o contabilizar dos ganhos e perdas. O mais importante é servir a Deus com todas as forças, com todo o entendimento, com todo o coração, e entregar a Ele todos os sonhos, planos e todos os desafios que ainda virão, confiando que Ele é poderoso para fazer em nós tudo, muito mais abundantemente, além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera. Essa é a palavra de Deus para nós nesse novo ano.

A esperança do crente não está nessa vida, nem nas conquistas e realizações humanas. Quem um dia nasceu de novo e adquiriu a naturalização celestial, vive neste mundo, mas deseja estar no lar celestial, sonha um dia ver o seu Senhor. Nosso maior sonho é ser revestido da nossa habitação, que é os céus. Se nos apegarmos a isso, todas as demais coisas serão postas em segundo plano e procuraremos agradar sempre a Deus, nessa esperança de um dia vê-lo face a face. Alunas da 40ª classe, “agora somos filhas de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro”.

Por isso, ainda que soframos aqui, ainda que os sonhos terrenos sejam frustrados, ainda que tudo se acabe, se estamos com o Senhor, continuaremos sonhando, pois sabemos que “a nossa leve e momentânea tribulação produz em nós um peso eterno de glória muito excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem, porque as que se vêem são temporais e as que não se vêem são eternas”.

Por isso, sejamos sóbrias e vigiemos, amadas. Tenhamos sempre em mente que o que nos move aqui e o que nos faz viver é essa esperança eterna. Se possuirmos tudo, mas não tivermos essa certeza, na verdade não possuiremos nada. Quanto mais os dias passam, mais se aproxima a volta do nosso Senhor. Devemos esforçar-nos para que estejamos preparadas para nos encontrar com Ele a qualquer momento. Não permita que os sonhos terrenos ofusquem a glória que nos aguarda. Caminhe por este mundo, trabalhe, estude, viva a vida que Deus lhe deu, tendo em mente que tudo isso é apenas um momento de preparação para nos encontrarmos com o nosso Rei. Purifique-se. Busque a Deus custe o que custar. Renuncie sua carne e o pecado. Renuncie as ofertas do mundo e de satanás. Leia mais a Bíblia. Aprofunde-se no conhecimento de Deus. Ore incansavelmente. Coloque seus olhos no Autor e Consumador na nossa fé. E tenha em vista o invisível.

É nessa esperança que nos apoiamos: a esperança de um dia poder olhar Jesus face a face e estar com Ele eternamente. Por isso oramos assim:

“Senhor, toma posse plena do nosso coração, porque dele procede todas as fontes da nossa vida, coloca nele os teus sonhos, reina ali como tu reinas no céu. Sendo criados por Ti, deixa-nos viver para Ti. Sendo criados para Ti, sempre permita que façamos tudo para a tua glória. Sendo redimidos por Ti, deixa-nos entregar-te o que é teu e que nosso espírito sempre se mantenha fiel só a Ti. E enquanto estivermos contigo, Senhor, continuaremos sonhando, não os nossos sonhos, mas os teus. Recebe a nossa oração, e faz em nós a tua vontade. AMÉM”.

Agradecemos a Deus pela sua vida e por mais este ano que Ele nos deu em sua presença, aprendendo a sua Palavra. Desejamos que os desígnios de Deus se cumpram em sua vida no ano vindouro e que a Palavra de Cristo habite em você abundantemente. Esperamos que nesse novo ano possamos juntas aprender mais do Senhor na Escola Dominical e que o nosso compromisso com Deus e a sua obra aumente dia a dia.

Um forte abraço a todas e que Deus nos abençoe, hoje e sempre!

Cristhiane e Adna

40ª Classe da Escola Bíblica Dominical – Templo Central

24 novembro 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

(extraído do blog de Norma Braga)

16 novembro 2010

A Disciplina da Oração

O Único Meio de Contato para a Submissão

"Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica pro todos os santos" Efésios 6.18

Por que devemos orar? Independenemente das famosas famadas bíblicas à oração, há duas grandes razões humanas por que devemos orar. A primeira, percebe-se no fato de que a oração é a fonte de poder para o crescimento e a perseverança em nossa vida espiritual. Da mesma maneira que as sementes plantadas recentemente precisam de exposição ao sol para crescer e amadurecer, assim precisamos de exposição ao Sol da Justiça, ou nosso crescimento será detido; nossa alma se tornará insignificante.

A segunda razão é que a oração aplica nossa vontade à vontade de Deus, é o que nos faz submeter a tudo o que diz respeito a nossa vida. Nunca tinha entendido completamente essa verdade até que ouvi uma explicação de E. Stanley Jones, missionário e homem de oração: “Se eu jogar um croque (gancho metálico) do barco e prendê-lo na costa da praia e puxar, é a praia que vem até a mim ou eu é que vou até a praia? Oração não é conduzir Deus a minha vontade, mas é o alinhamento da minha vontade à dele”. Oração não diz respeito a fazer com que Deus execute minhas ordens, mas a moldar e dobrar minha vontade até que se alinhe com a dEle.

Que benefícios angustiantes! Contudo, poucas de nós capitalizam esta oportunidade de extrair da “fonte” o poder que precisamos para pressionar nossa vontade ou fazê-la dobrar em submissão a Deus. Por que tantas mulheres são malsucedidas nas devoções pessoais e na oração? Primeiramente, porque não sabem manter o cultivo das disciplinas da vida espiritual interior. Mas estas disciplinas são bem recebidas pelas mulheres do evangelho.

Antes de nos aprofundarmos mais, entendamos desde já que a vida de oração não pode ser reduzida a algumas regras simples. Estas áreas da experiência espiritual são extremamente dinâmicas e pessoais para uma redução simplista. O que é bom para uma pessoa pode não ser certo para outra.

Embora vamos discutir cinco aspectos da interação com Deus na devoção e oração (meditação, confissão, adoração, submissão e petição), não há ordem prescrita. O ritmo da vida demanda que nos lancemos diretamente em petições como “Deus, me ajude!” (que é como , na maioria das vezes, começo). Em outras vezes, nos dedicamos quase inteiramente à confissão, meditação e adoração.

Meditação

A meditação cristã não é do tipo “transcendental” associados com mantras resmungados na posição de lótus. Os cristãos não são ensinados a esvaziar a mente! A meditação começa com o exercício devocional de ouvir a Palavra de Deus. As palavras da Bíblia não são meramente para serem lidas, mas ouvidas. Elas são designadas a tocar o coração. Salmos 40.8 diz: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração”.

A meditação também é verbal. Quando o salmista fala sobre meditar na lei de Deus de dia e de noite (Sl 1.2), ele usa uma palavra que significa “murmurar”. Murmurar a Palavra de Deus, voltar-se a Ele, em oração, envolve memorizá-la ou orar com a Bíblia aberta. Junto com a leitura sistemática da Bíblia, devemos escolher segmentos importantes para verbalizar com reverência.

Quando minhas filhas eram crianças, memorizei, para este fim, Fp 4.6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ações de graças”.

Por ter feito isso, achei-me recitando continuamente frases muito necessárias: “Não fique inquieta por coisa alguma”; “Obrigada, Senhor, por tua paz prometida”; “Farei com que minhas petições sejam conhecidas diante de Deus”.

Você pode começar com um ou dois versículos. Há passagens mais longas e clássicas que parecem feitas sob medida para a meditação, como os Dez Mandamentos, ou as oito Bem-aventuranças e a Oração do Senhor. Revolver-se lenta e dedicadamente nas Escrituras, desta maneira, nos prende os olhos, os ouvidas e a boca, e vai até ao coração. Os efeitos da meditação trazem:

Refrigério: “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma” Sl 19.7

Sabedoria: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábios que os meus inimigos, pois estão sempre comigo” Sl 119.97,98

Aumento de fé: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” Rm 10.17

Como meditar? A Bíblia diz que a meditação deve ser ininterrupta, “de dia e de noite” (Sl 1.2; 119.97,148; Sl 63.6). Idealmente, você pode fazer da meditação parte de suas devoções, sua hora tranqüila isoladamente com Deus. Mas até sua agenda cheia pode ser pontuada com meditação bíblica – no carro, na hora do almoço, enquanto espera o ônibus. Escreva um texto num cartão e coloque-o no bolso ou na bolsa. Retire-o num momento de folga. Murmure-o. Memorize. Ore. Diga. Compartilhe.


Bárbara Hughes (extraído do livro "Disciplinas da Mulher Cristã", ed. CPAD)

19 outubro 2010

Os melhores professores e as eleições

Aos primeiros, melhores e mais convincentes dos professores, os pais.

Que educam na mais adequada das escolas, o lar.

E aos que ajudam a educar sem a presunção de querer tomar o lugar da família, ou pior ainda, tomar os filhos dos pais.

A estória das Mil e Uma Noites surgiu há muitos e muitos anos atrás, na Pérsia. Lá viveu um rei de nome Chahriar que foi traído por sua mulher e um dos escravos. Passou então a executar um plano vingativo e cruel: casava-se com uma jovem e após a noite de núpcias mandava matá-la para que não corresse o risco de ser um marido traído. Muitas jovens donzelas foram esposas apenas por uma noite e mulheres para a eternidade.

Até que aparece uma moça de nome Sherazade. Além de muito formosa era inteligente, de memória invejável, daquelas que se interessa por livros dos mais variados temas: filosofia, artes, história da humanidade, culinária, astronomia, poesia, política e religião. Ela se apresenta para ser a próxima esposa do rei. Não que tal homem tivesse despertado um grande amor no coração de Sherazade. É que vendo a situação de extermínio das donzelas do reino ela se compadeceu e também temeu que sua irmã mais nova fosse escalada para "esposa de uma noite". Nesta circunstâncias é que Sherazade se faz noiva do rei.


Após o casamento, na noite de núpcias, ela graciosamente pede ao marido que lhe permita contar apenas uma linda história que conhece. Num ato de benevolência o esposo lhe dá a devida permissão e Sherazade inicia sua fala que é interrompida propositalmente na melhor parte do enredo sob a alegação de que ela estava muito cansada para continuar. Curioso e querendo saber o desfecho, Chahriar acaba por adiar a condenação da esposa concedendo-lhe só mais um dia de vida.

Sherazade vai se saindo muito bem. Prossegue se empenhando para dar fim à história da noite anterior e iniciar outra mais interessante interrompendo sempre na melhor parte. E o rei, já gostando de atrasar a sentença de morte, vai permitindo que ela sobreviva um dia a mais, outro dia, até... Mil e Uma Noites.

Após este longo período ela apresenta a Chahriar os três lindos filhos que tiveram e faz com que ele perceba que está curado do seu trauma. Tanto assim que o rei acaba por suspender definitivamente a pena de condenação à morte a qual Sherazade estava destinada.

Muitos educadores gostariam de entender melhor os métodos pedagógicos utilizados por Sherazade. O que exatamente ela fazia durante as "Mil e Uma Noites"? Contava historinhas?

Ora, ela não fazia nada mais do que se preocupar em "EDUCAR". Com seus conhecimentos diversificados e suas histórias selecionadas a dedo ela educou um homem que traumatizado com a infidelidade da primeira esposa terminou se tornando um estúpido assassino. Mostrou-lhe os filhos que haviam nascido como prova do amor que acabou existindo entre eles e mais - ainda soube usar de sua beleza, foi paciente, esforçou-se por fasciná-lo contando suas melhores histórias do modo como só ela mesma sabia fazer.

Se durante a noite Sherazade educava o rei, o que será que ela fazia durante os dias? Com certeza educava ela mesma, em pessoa, seus três pequenos amores. Claro, porque se para um adulto doente e vingativo ela gastou seu precioso tempo educando-o. O que não terá feito por suas crianças inocentes?

Principalmente porque sempre dormia sem saber se amanhã seria agraciada com mais um dia de vida. Beijava e abraçava-os a cada dia como se fosse o último. Sentia através da pele dos filhos a maciez, o cheiro e a temperatura de cada um deles. Alisava e penteava os cabelos espevitados dos filhos. Brincava, cantava cantigas, declamava, ralhava, vez por outra dava-lhes umas boas palmadas, ensinava-lhes as orações que aprendera na infância... Tudo, tudo (até as palmadas) como se não houvesse o amanhã. Contava-lhes na sua doce voz um arsenal de historinhas infantis que eram quase que encenadas.

Com tais métodos de amor é que educava seus pequenos. Dava-lhes uma educação sólida. Preparava-os para um futuro que ela nunca sabia afirmar se estaria na terra ou no céu.

Sábia mulher aquela Sherazade... Quem dera pais e professores comprometidos com a educação soubessem educar assim adultos e crianças, filhos e alunos. Educar pacientemente para o amor, o belo, o que é bom, para as coisas do alto. Educar transmitindo não qualquer coisa ou utilizando qualquer palavra, qualquer livro. Mas temendo que aquela seja sua úlltima chance, seu último dia.

Educar para um futuro no qual os pais e professores não têm a certeza se ainda estarão com os seus aprendizes; desconhecem o sistema de governo que haverá no país; não sabem se a religião deles sofrerá com perseguições; se pais serão proibidos de ensinar seus próprios filhos; se os filhos serão jogados contra os pais; se todos terão que ser alfabetizados precocemente com uma cartilha de educação sexual de baixo nível; se serão obrigados a ler os mesmos livros de doutrinação; assistir aos mesmos filmes; ouvir uma única fonte de notícias; cantar as mesmas músicas; marchar ao som de hinos estranhos; se vestir com o mesmo estilo de roupas; se animaizinhos prenhos e plantinhas serão mais valorizados que os seres humanos; se serão vacinados mesmo a contra gosto; se a família que é a "célula mater" (célula mãe) da sociedade terá que ceder lugar à Mãe Terra e ao Partido Verde; se um Partido Vermelho tomará as terras para si; se os pais terão que pedir permissão ao Governo para gerar filhos que, a propósito, só podem nascer da união de um homem e uma mulher.

Enfim, educar sem saber se suas crianças serão obrigadas a viver num país onde leis injustas possam ser assinadas e fartamente rubricadas mesmo sem terem sido lidas.

Márcia Vaz é escritora, mãe de cinco filhos, e sofreu perseguição por insistir em escolarizá-los em casa.

17 setembro 2010

Batistas marxistas manifestam-se contra vídeo do Pr. Paschoal Piragine Jr

Julio Severo
“Ofendido” é a palavra que descreve melhor a reação do deputado federal Gilmar Machado ao vídeo do Pr. Paschoal Piragine Jr da Primeira Igreja Batista de Curitiba.
O “ofendido” diz: “Há alguns dias vem sendo veiculado na internet vídeo que orienta os cristãos a não votarem em nenhum dos candidatos filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual faço parte. Sou membro da lgreja Batista Central de Uberlândia há 34 anos, e busco manter meu testemunho e minha conduta coerente com os ensinamentos de Cristo. Sendo assim, considero-me vitima de injustiça de uma orientação contra todos os candidatos do PT”.
No entanto, o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI) do pastor de Curitiba, que já passou a marca incrível de 1 milhão e meio de visitações, não atacou os ensinamentos de Cristo. As palavras do Pr. Paschoal Piragine trataram somente das ameaças de vários projetos contra a família no Congresso Nacional. Por pura coincidência, a maioria desses projetos é do PT. Igualmente por pura coincidência, as decisões do governo Lula durante oito anos arrastaram o Brasil implacavelmente para um obsessivo direcionamento contra a família. (Confira este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=4cJZZzWysN4)
O “ofendido” ficou ofendido somente porque, sendo líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, ele achou que Piragine errou ao dizer que o PT é pró-aborto. Machado diz: “Não é verdade que o PT possui uma orientação pela descriminalização do aborto. Em seu IV Congresso, o PT modificou a resolução que fala de aborto e estabeleceu para o atual programa de governo da Dilma o seguinte texto: ‘Promover a saúde da mulher, os direitos sexuais e direitos reprodutivos’”.



A Federação Internacional de Planejamento Familiar, a maior organização de aborto do mundo que possui clínicas de aborto em vários países, nunca diz que promove o aborto. Diz somente que ‘promove a saúde da mulher, os direitos sexuais e direitos reprodutivos’. A linguagem dissimuladora do aborto é hoje a linguagem de “direitos sexuais” e “direitos reprodutivos”. Mas, sendo líder do governo Lula, o ofendido Machado nega com insistência que o PT tenha essa dissimulação, concluindo seu comunicado: “O conteúdo apresentado no vídeo [do Pr. Piragine] não corresponde, portanto, com a realidade do que está sendo defendido pelo PT. Podemos pegar os posicionamentos do PT, comparar com o conteúdo do vídeo e observaremos que não existe veracidade”.
Seguindo essa linha esquizofrênica, os nazistas e comunistas também poderiam alegar que dizer que nazismo e comunismo geram genocídio e crimes “não corresponde com a realidade”.
Contudo, outros batistas ofendidos também apareceram no cenário, igualmente revoltados porque uma suposta “honra” do PT foi atacada.
Uma tal de Aliança de Batistas do Brasil (ABB), em manifesto público, afirmou sua “repulsa a toda estratégia político-religiosa de ‘demonização do Partido dos Trabalhadores do Brasil’”. O documento enfatiza: “A Aliança de Batistas do Brasil sente-se na obrigação de contradizer o discurso que atribui ao PT a emergente ‘legalização da iniquidade’… Enfim, a Aliança de Batistas do Brasil vem a público levantar o seu protesto contra o processo apelatório e discriminador que nos últimos dias tem associado o Partido dos Trabalhadores às forças da iniquidade”.
O bom é que essa ABB é um agrupamento insignificante. Mas não nos esqueçamos de que o governo Lula já teve batistas poderosos do seu lado, inclusive o falecido Pr. Nilson Fanini.
Outro batista ofendido foi o Geter Borges de Souza, que disse numa carta ao Pr. Piragine: “Sou membro da Segunda Igreja Batista do Plano Piloto, trabalho na Câmara dos Deputados a sete anos e tenho acompanhado o PT, o governo federal e os projetos relacionados com as questões ligadas a sexualidade. Tivemos acesso ao vídeo onde o senhor se pronuncia contra o PT e diante dele gostaria de fazer alguns questionamentos. Dizer que o conteúdo apresentado no vídeo é o que está sendo defendido pelo PT não corresponde com a realidade. Podemos pegar os posicionamentos do PT e comparar com o conteúdo do vídeo e observaremos que não existe veracidade”.
Conheço o Geter pessoalmente. Ele sempre trabalhou atrelado aos deputados evangélicos do PT, e já ocupou o cargo de secretário geral do Movimento Evangélico Progressista (MEP), a maior organização evangélica marxista do Brasil, que desempenhou papel fundamental no esforço para levar as igrejas para elegerem Lula em 2002. Hoje, Geter trabalha na entidade marxista “Evangélicos Pela Justiça” (EPJ), que vê Cuba como referência de desenvolvimento “educacional”.
Um genuíno seguidor de Jesus só veria doutrinação e lavagem cerebral no sistema educacional de Cuba, mas o EPJ, seguindo a linha do MEP (fundado pelo Bispo Robinson Cavalcanti e uma das colunas da revista Ultimato), presta culto ao marxismo.
A “justiça” que Geter Borges, Gilmar Machado e a Aliança de Batistas do Brasil pregam e promovem é amiga do marxismo e, quer eles gostem ou não, é amiga das iniquidades que o marxismo sempre acaba acarretando como enchente.
O Pr. Piragine errou ao citar o nome de um dos partidos que mais promove iniquidades no Brasil? Não. A Palavra de Deus deixa bem claro que a função do sacerdote é ensinar as pessoas a diferença entre o certo e o errado, o santo e o profano e o puro e o impuro. Essa diferenciação deve ser ensinada em todas as áreas, inclusive política.
Desempenhando sua função sacerdotal, Piragine apenas ensinou o povo sobre o certo e o errado. Geter Borges, Gilmar Machado e a Aliança de Batistas do Brasil têm todo o direito de escolher o errado e até de ficarem ofendidos quando seu erro é exposto. Mas não têm direito de chamar de “certo” o que está patentemente errado.
Eles não têm direito de dizerem que estão sendo “injustiçados” quando o PT é exposto em suas iniquidades, pois o PT é o partido que mais impõe o marxismo e suas injustiças no povo brasileiro, transformando o crime do aborto propositado em “questão de saúde pública”, a adoção de crianças inocentes por duplas de pervertidos homossexuais em “questão de direitos civis” e sempre dando nomes elegantes e enganadores para todos os tipos de iniquidade. Quem poderia negar que esses fatos não correspondem à realidade do PT, PV, PSDB e outros partidos e políticos marxistas?
Eu me sinto injustiçado de ver partidos e políticos que defendem o aborto e o homossexualismo desconversando no momento eleitoral unicamente para enganar o povo. Neste momento, em que milhões de eleitores gostariam de ter um só candidato contra o aborto e união civil homossexual, tudo o que encontram são candidatos hipócritas e mentirosos. Isso não é uma injustiça contra o povo brasileiro?
Geter Borges, PT, Aliança de Batistas do Brasil, Gilmar Machado e Lula mentem descaradamente, porque estão possessos do espírito da nossa geração. É um espírito que doutrina a população a aceitar e adorar o governo no papel central de Deus como supremo provedor de todas as necessidades fundamentais na vida das pessoas.
Esse é o espírito do marxismo e seus variados rótulos, o qual move partidos e políticos com discursos populistas, mas com ações contra Deus e a família.
Esse é o espírito do Anticristo.
Um testemunho e conduta cristã coerente com os ensinamentos de Cristo não busca o governo marxista e suas “justiças”, mas o Reino de Deus (Governo de Deus) e sua Justiça.
Um testemunho e conduta cristã coerente com os ensinamentos de Cristo não coopera para a manifestação do governo do Anticristo, mas para a expansão do Reino de Deus (Governo de Deus) e Sua Justiça em todas as esferas, inclusive políticas.
Para não se sentirem ofendidos, os batistas ofendidos têm uma boa escolha: Buscar o Reino de Deus e Sua Justiça. Sem isso, eles ficarão ofendidos toda vez em que a iniquidade institucional e ideológica for denunciada.
Fonte: www.juliosevero.com

21 julho 2010

Mulheres podem ser pastoras?


por Thomas Schreiner

Se alguém me perguntar se as mulheres podem servir no ministério, minha resposta será sempre: “Sim, claro! Todos os crentes são chamados a servir e a ministrar uns aos outros.”

Mas eu responderia de forma diferente se a pergunta fosse feita mais precisamente: “Existe alguma função do Ministério em que as mulheres não podem servir?” Eu diria que o Novo Testamento ensina claramente que as mulheres não devem servir como pastores (que o Novo Testamento também chamadas superintendentes ou anciãos/presbíteros). Fica claro no Novo Testamento que os termos pastor, superintendente, e presbítero referem-se ao mesmo cargo (cf. Atos 20.17,28; Tito 1.5,7; 1 Pedro 5.1-2), e para o restante deste ensaio vou usar os termos “presbítero” e “pastor” indiferentemente para designar essa função.

A proibição de Paulo em 1 Timóteo 2.12

O texto fundamental que estabelece que as mulheres não devam servir como presbíteros é 1 Timóteo 2.11-15. Nós lemos no versículo 12: “Eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade sobre homem.” Nesta passagem, Paulo proíbe as mulheres de se envolverem em duas atividades que caracterizam o ministério dos presbíteros: o ensino e o exercício da autoridade. Vemos isso nas qualificações para o cargo, entre outros lugares: os presbíteros devem ter a capacidade para ensinar (1Tm 3.2; 5.17, Tito 1.9, cf. Atos 20.17-34) e liderar a igreja (1Tm 3.4-5;). As mulheres são proibidas de ensinar aos homens e de exercer autoridade sobre eles e, portanto, segue-se que elas não devem servir como presbíteros.

Essa proibição vigora ainda hoje?

O mandamento de que mulher não ensine a homens ou exerçam autoridade sobre eles foi escrito estar em vigor ainda hoje? Muitos afirmam que Paulo proibiu as mulheres de servirem como presbíteros, porque as mulheres nos dias de Paulo eram iletradas e, portanto, elas não tinham a capacidade de ensinar bem aos homens. Argumenta-se ainda que as mulheres fossem responsáveis pela falsa doutrina que estava atrapalhando a congregação para a qual Paulo escreveu a carta de 1 Timóteo (1Tm 1.3, 6.3). De acordo com essa leitura, Paulo apoiaria mulheres servirem como “pastoras”, após serem devidamente instruídas a ensinar a sã doutrina.

A proibição é fundamentada na criação e não em circunstância

Estas tentativas de relativizar a proibição de Paulo devem ser julgadas falidas. Paulo poderia ter facilmente escrito: “Eu não quero que as mulheres ensinem ou exerçam autoridade sobre os homens porque elas são ignorantes”, ou “Eu não quero que as mulheres ensinem ou exerçam autoridade sobre os homens porque elas estão espalhando falsos ensinamentos.” No entanto, qual o motivo que Paulo realmente dá para o seu mandamento no versículo 12? O raciocínio de Paulo para o mandamento está no versículo seguinte: “Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva” (v. 13). Paulo nada diz sobre a falta de educação ou sobre mulheres estarem promulgando falso ensino. Em vez disso, ele apela para a ordem da criação, para a boa e perfeita vontade de Deus ao formar os seres humanos. É imperioso observar que a referência à criação indica que o mandamento é uma palavra transcultural, uma proibição que é obrigatória para a igreja de todos os tempos e em todos os lugares. Ao dar esta proibição, Paulo não apela para a criação caída, às consequências que dizem respeito à vida humana como um resultado do pecado. Ao contrário, ele fundamenta a proibição na criação totalmente boa que existia antes de o pecado entrar no mundo.

O argumento da criação não pode ser descartado como culturalmente limitado. Além disso, o Novo Testamento contém muitos recursos semelhantes aos da ordem da criação. Por exemplo, a homossexualidade não está de acordo com a vontade de Deus, porque é “contrário à natureza” (Rm 1.26), isto é, que viola o que Deus pretendia quando ele fez o ser humano como homem e mulher (Gn 1.26-27). Da mesma forma, Jesus ensina que o divórcio não é o ideal divino uma vez que, na criação, Deus fez um homem e uma mulher, o que significa que um homem deve ser casado com uma mulher “até que a morte nos separe” (Mt 19.3-12). Assim, também, o alimento deve ser recebido com gratidão, pois é um dom da mão criadora de Deus (1Tm 4.3-5).

Em 1 Timóteo 2.11-15, Paulo especificamente fundamenta sua proibição das mulheres de ensinar e exercer autoridade, na ordem da criação, ou seja, que Adão foi feito primeiro e depois Eva (Gn 2.4-25). A narrativa de Gênesis é cuidadosamente calculada, e Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, ajuda-nos a ver o significado de Eva ter sido criada depois de Adão. Críticos ocasionalmente objetam que o argumento não é válido uma vez que os animais foram criados antes dos seres humanos. Mas eles perdem o ponto de Paulo. Somente os seres humanos são criados à imagem de Deus (Gn 1.26-27), e, portanto, Paulo comunica a importância de Deus criar o homem antes da mulher, ou seja, que o homem é responsável por liderar.

Paulo dá uma segunda razão pela qual as mulheres não deveriam ensinar ou exercer autoridade sobre os homens em 1 Timóteo 2.14: “Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.” A argumentação de Paulo aqui não é que as mulheres são mais propensas ser enganadas do que os homens, porque em outro lugar, ele elogia as mulheres como professoras de mulheres e crianças (Tito 2.3, 2Tm 1.5; 3.14-15), que ele não recomendaria, se as mulheres, por natureza, estivessem propensas a serem enganadas. É provável que Paulo estivesse pensando mais uma vez no relato da criação, pois a serpente subverteu a ordem criada ao enganar Eva e não Adão (assim subvertendo a liderança masculina), embora, provavelmente, Adão estava com Eva quando ocorreu a tentação (Gn 3:6). O versículo 14 não ensina nada sobre as mulheres serem iletradas, o engano é uma categoria moral, já a falta de educação é sanada com a instrução.

O engano de Eva não pode ser atribuído à fraqueza intelectual, mas foi devido à sua rebeldia, o desejo de ser independente de Deus. Além disso, a referência ao engano aqui não indica que as mulheres de Éfeso, desempenhavam um papel fundamental na difusão de ensino falso, pois os falsos mestres nomeado em 1 Timóteo são todos homens (1 Tm. 1.20). Na verdade, se as mulheres tivessem sido proibidas de ensinar porque eram defensoras da falsa doutrina, temos a estranha e muito improvável situação de que todas as mulheres cristãs de Éfeso foram enganadas pelo falso ensino. Pelo contrário, o ponto de Paulo é que a tentação de Satanás sobre Eva, em vez de sobre Adão, subvertia a liderança masculina, pois ele tentou e enganou a mulher, mesmo estando Adão presente com Eva quando a tentação ocorreu. Na verdade, apesar de Eva ter sido enganada pela serpente primeiro, a principal responsabilidade pelo pecado caiu sobre os ombros de Adão. Isto é evidente em Gênesis 3, pois o Senhor fala primeiro com Adão sobre o pecado do primeiro casal, e isso é confirmado por Romanos 5.12-19, onde o pecado da raça humana é atribuída a Adão e não a Eva.

Em resumo, 1 Timóteo 2.12 proíbe as mulheres de ensinar ou exercer autoridade sobre os homens na igreja. Este mandamento é fundamentado na ordem da criação e é confirmado pela inversão de papéis que ocorreu a queda. Não é, portanto, um contexto cultural ou uma proibição limitada que já não se aplicaria às igrejas de hoje.

O testemunho de outras partes da Escritura

O que aprendemos sobre os papéis do homem e da mulher na criação

O que vemos acerca dos papéis de homens e mulheres no resto da Escritura confirma esta leitura de 1 Timóteo 2:11-15. O livro do Gênesis nos dá seis elementos que evidenciam a responsabilidade dada aos maridos na liderança do casamento: 1) Deus criou Adão primeiro e depois Eva, 2) Deus deu o mandamento de não comer da árvore a Adão e não a Eva; 3) Adão foi quem deu nome à “mulher” tal como ele deu nome aos animais, significando a sua autoridade (Gênesis 2.19-23) e 4) Eva é designada como auxiliadora de Adão (Gn 2.18); 5) A serpente enganou Eva e não Adão, assim subvertendo liderança masculina (Gn. 3.1-6) e 6) Deus veio a Adão em primeiro lugar, mesmo tendo Eva pecado primeiro (Gn 3.9, cf. Rm. 5.12-19).

O que aprendemos nos ensinamentos bíblicos sobre o casamento

Tal leitura do Gênesis se encaixa perfeitamente com o que encontramos sobre o casamento no Novo Testamento. Maridos têm a responsabilidade primária de liderança, e as esposas são chamadas a se sujeitar à liderança de seus maridos (Ef 5.22-33; Cl 3.18-19; 1 Pd 3.1-7). O convite à esposa para submeter-se não está fundamentado em meras normas culturais, pois uma mulher é convidada a sujeitar-se ao marido como a Igreja é convidada a submeter-se a Cristo (Ef 5.22-24). Paulo designa o casamento como um “mistério” (Ef 5.32), e o mistério é que o casamento espelha o relacionamento de Cristo com a Igreja. O mandato para homens servirem como pastores (e não mulheres), então, se encaixa com o padrão bíblico de liderança masculina e autoridade dentro do casamento.

É fundamental observar que um papel diferente para as mulheres não significa inferioridade das mulheres. Mulheres e homens são igualmente criados à imagem de Deus (Gênesis 1.26-27). Eles têm acesso igual à salvação em Cristo (Gl 3.28), e eles são co-herdeiros da grande salvação que é nossa em Jesus Cristo (1 Pd 3.7). Os escritores bíblicos não difamam a dignidade, inteligência e personalidade das mulheres. Vemos isso mais claramente quando reconhecemos que, como Cristo se submete ao Pai (1 Coríntios 15.28), assim as mulheres se submetem aos seus maridos. Cristo é de igual dignidade e valor com o Pai, e por isso a sua submissão não pode ser entendida como sinalização de sua inferioridade.

O que aprendemos em outras passagens sobre mulheres na igreja

O texto de 1 Timóteo 2.11-15 não é o único texto que exige um papel diferente para homens e mulheres na igreja. Em 1 Coríntios 14.33-36, Paulo ensina que as mulheres não devem falar na igreja. Esta passagem não proíbe as mulheres de falar qualquer coisa na congregação, Paulo até incentiva as mulheres a orar e profetizar na igreja (1 Coríntios 11.5). O princípio de 1 Coríntios 14.33-36 é que as mulheres não devem falar de tal maneira que se rebelem contra a liderança masculina ou tomem para si autoridade indevida, e este princípio corresponde com o ensino de 1 Timóteo 2.11-15 de que as mulheres não deveriam ensinar nem exercer autoridade sobre os homens.

Outro texto que aponta na mesma direção é de 1 Coríntios 11.2-16. Já vimos que Paulo nessa passagem permite que as mulheres orem e profetizem na assembléia. É imperativo ver que a profecia não é o mesmo dom do ensino. Estes dons são distintos no Novo Testamento (1 Coríntios. 12.28). Mulheres serviram como profetas no Antigo Testamento, mas nunca como sacerdotes. Da mesma forma, serviram como profetas no Novo Testamento, mas nunca como presbíteros. Além disso, 1 Coríntios 11.2-16 deixa claro que, ao profetizarem, elas deviam se adornar de tal maneira que demonstrasse que elas estavam submissas a uma liderança masculina (1 Coríntios 11.3). Isso se encaixa com o que temos visto em 1Tm 2.11-15. Mulheres não são as líderes da congregação, e, portanto, não devem ser reconhecidas como professoras e líderes. A questão fundamental em 1 Coríntios 11.2-16 não é o adorno das mulheres. Estudiosos não têm certeza, neste caso, se o adorno descrito representa um véu ou uma forma específica de usar o cabelo. Tal adorno era necessário na época de Paulo porque significava que as mulheres eram submissas à liderança masculina na igreja. Hoje, a forma como uma mulher usa o seu cabelo, ou se ela usa um véu, não significa que ela seja submissa à liderança masculina. Assim, devemos aplicar o princípio (mesmo não aplicando a prática cultural da época) no mundo de hoje: as mulheres devem ser submissas à liderança masculina, que se manifesta em não servir como pastores e mestres dos homens.

Conclusão

As escrituras ensinam claramente sobre o papel singular das mulheres na igreja e em casa. Elas são iguais aos homens em dignidade e valor, mas elas têm um papel diferente durante esta jornada na terra. Deus lhes deu muitos presentes diferentes com que podem ministrar para a igreja e para o mundo, mas elas não foram criadas para servir como pastores. O Senhor não deu seus mandamentos para punir as mulheres, mas para que possam servi-lo com alegria segundo a Sua vontade.

Traduzido por Gustavo Vilela | iPródigo | Original aqui


Artigo retirado de iPródigo: http://iprodigo.com

Link do artigo: http://iprodigo.com/traducoes/mulheres-podem-ser-pastoras.html

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