28 abril 2011

O estranho em nosso lar


De vez em quando, vale a pena republicar aqueles e-mails anônimos que recebemos…
Quando eu estava crescendo, nunca questionei seu lugar na minha família. Em minha mente de menino, ele tinha um lugar especial. Meus pais eram instrutores complementares: mamãe me ensinava a fazer a diferença entre o bem e o mal, e papai me ensinava a obedecer. Mas o estranho… ele era um contador de estórias. Ele nos mantinha fascinados por horas sem fim com aventuras, mistérios e comédias.
Às vezes, mamãe se levantava silenciosamente enquanto o resto de nós ficava pedindo para falar baixo uns para os outros para que pudéssemos dar atenção ao que ele tinha a dizer, e ela iria para a cozinha para ter um lugar de paz e quietude. (Fico imaginando agora se ela ia ali às vezes para orar para que o estranho fosse embora.)
Papai governava nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia na obrigação de honrá-las. Palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nosso lar — nem a partir de nós, nem de nossos amigos e nem de nenhum visitante. Mas nosso visitante de longa data escapava impune com palavras feias que me ardiam nos ouvidos e faziam meu pai se torcer e minha mãe corar de vergonha. Meu pai não me dava permissão de usar álcool, mas o estranho nos incentivava a prová-lo numa base regular. Ele fazia os cigarros parecerem bacanas, os charutos masculinos e os cachimbos distintos. Ele conversava com liberdade (excessiva liberdade!) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes descarados, às vezes insinuantes e geralmente de dar vergonha.
Hoje sei que meus primeiros conceitos sobre relacionamentos foram fortemente influenciados pelo estranho. Frequentemente, ele se opunha aos valores dos meus pais, mas raramente era repreendido… E ninguém NUNCA lhe ordenou ir embora.
Mais de cinquenta anos se passaram desde que o estranho foi viver com nossa família. Ele se adaptou na mesma hora, mas não é praticamente tão fascinante quanto era antes. Contudo, se você pudesse entrar na casa dos meus pais hoje, você ainda o veria sentado no canto, esperando que alguém lhe dê atenção e assista-o mostrar seus quadros.
O nome dele?…
Nós o chamamos simplesmente de “TV”.
Ele tem uma esposa agora… Nós a chamamos “Computador”.
Seu filho é o “telefone celular”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

18 abril 2011

“O que as mulheres realmente querem num homem”, a partir da perspectiva de uma mulher

15 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Nota: O texto a seguir é um resumo de uma recente palestra proferida por Wendy Wright, presidente da organização evangélica Concerned Women for America (Mulheres Preocupadas com os Estados Unidos), na Organização das Nações Unidas. Para ler a palestra completa, clique aqui.
Wendy Wright, presidente de Concerned Women for America
Na década de 1970, a famosa feminista Gloria Steinem disse: “Uma mulher precisa de um homem assim como um peixe precisa de uma bicicleta”.
A mensagem: As mulheres são independentes, e os homens são supérfluos. Os homens são desnecessários e incompatíveis com as mulheres. O modo cínico de ela ver as coisas, sem dúvida, fora deturpado pelo fato de que seu pai a tinha abandonado.
Em nosso âmago, os seres humanos são relacionais. Conexão a outros é uma necessidade humana básica. Nossa primeira conexão é com nossos pais. De nossas mães absorvemos o que significa ser uma mulher. De nossos pais, aprendemos como as mulheres devem ser tratadas pelos homens. Não dá para esses tipos de lições virem de uma lição de moral na sala de aula, mas por meio da intimidade da vida diária.
Quando Gloria Steinem e outras feministas menosprezam os homens, o casamento e a família, elas estão negando uma verdade fundamental: as mulheres precisam de relacionamentos masculinos.
Mas ao adotar as petulâncias das Gloria Steinems do mundo, descarta-se o que é ideal para as mulheres como desnecessário ou irrealista. Em vez disso, total atenção e recursos são dedicados ao que é muito menos do que ideal, e até prejudicial, para as mulheres e para a sociedade.
Defrontamo-nos com duas perspectivas que rivalizam:
1. A primeira é: As mulheres são completas em si mesmas. Os homens e as mulheres são diferentes apenas na área da reprodução. Os homens são como escadas, úteis apenas para a mulher usar como apoio enquanto ela sobe os degraus da vida.
Eis um exemplo: Na versão preliminar da resolução sobre “Fertilidade, Saúde Reprodutiva e Desenvolvimento” para a Comissão de População e Desenvolvimento, a única menção significativa aos homens é:
OP14. Exorta os países membros, a Organização das Nações Unidas e a sociedade civil a incluir em suas prioridades de desenvolvimento programas que apoiem o papel decisivo dos homens no apoio ao acesso das mulheres a condições seguras para a gravidez e parto, contribuindo para o planejamento familiar, prevenindo infecções sexualmente transmitidas e o HIV e eliminando a violência contra as mulheres e meninas.
A lista, que é pequena, não diz absolutamente nada acerca do papel importante que as mulheres precisam que os homens desempenhem na vida familiar, como se não houvesse nenhuma necessidade para que os homens tenham a autoridade e direito íntimo de prover companheirismo, segurança, proteção e cuidado de suas esposas, e um pai para seus filhos. Não há espaço aí para um homem envolver masculinamente em seus braços sua esposa e filhos a vida inteira. E certamente não há nenhuma expectativa de fidelidade.
Francamente, esse é o tipo de homem que as mulheres não querem: homens distantes, que não querem compromisso e que só dão mal o mínimo, e nunca dão de si mesmos. Em sua própria perspectiva muito medíocre acerca dos homens, as Gloria Steinems ensinam os homens a tratar as mulheres de forma insuficiente — o que, quando os homens fazem, naturalmente leva as mulheres a acreditar que a vida delas fica em situação melhor sem os homens. É uma expectativa cuja previsão está fadada a se cumprir.
Rebaixar homens ou mulheres, tratar ambos como objetos a serem usados ou descartar o casamento como irrelevante nos prejudica como seres humanos e desestabiliza a sociedade.
2. A segunda perspectiva é que: As mulheres e os homens se complementam. Somos diferentes de diversas maneiras maravilhosas, mas em nossas diferenças nos encaixamos para completar um ao outro. O relacionamento mais profundo é o casamento — porque aperfeiçoa o propósito dos dois sexos, homem e mulher.
Embora as mulheres possam adicionar numa lista as realizações profissionais quando se apresentam ao mundo, vemos nossa identidade principal em nosso relacionamento com nossa família — principalmente, como esposa e mãe. Os relacionamentos mais influentes, aqueles que nos causam impacto mais profundo, são aqueles dentro de nossa família.
São esses relacionamentos que completam o propósito do que significa ser uma mulher. E o casamento, em que tanto o marido quanto a esposa se dão completamente ao outro, fornece a segurança de viver plenamente essa identidade do que é ser mulher.
Muito frequentemente as mulheres e o sexo são vistos isoladamente — Mulheres são separadas de homens e da família, e sexo é visto como um mero ato físico que não tem nada a ver com relacionamentos.
Quando são moldadas por essa perspectiva, as políticas públicas produzem programas e leis que acabam isolando as mulheres de relacionamentos verdadeiros e incentivando o sexo fora do casamento — que é a fonte de muitas doenças, patologias e dores de cabeça.
A maravilha transcendente da feminilidade, casamento e sexualidade é difícil de descrever ao se elaborar documentos de políticas públicas. Contudo, podemos apontar para os benefícios do casamento e o devido lugar da sexualidade.
Os seres humanos são relacionais. Precisamos pertencer aos outros. Isso é particularmente verdade no caso das mulheres. É dentro da família e do casamento que temos a maior probabilidade de encontrar segurança, proteção, abnegação e satisfação. O casamento une duas famílias e cria uma nova, ampliando nossos relacionamentos.
Os encontros sexuais promovidos em aulas abrangentes de educação sexual são o oposto — centram-se em relacionamentos passageiros, incertos, inseguros e egocêntricos. Essas aulas deliberadamente separam as crianças dos pais, deixando as crianças vulneráveis a adultos que querem tirar proveito delas. O sexo sem casamento prejudica a capacidade de uma pessoa de formar laços com outra em casamento.
Com as reivindicações das Gloria Steinems do mundo, temos aceitado um padrão muito baixo. As mulheres estão pagando o preço da desvalorização do casamento. Os parceiros sexuais são tão trocáveis e a natureza exclusiva da feminilidade tão negada que nos dizem que os homens podem substituir as mulheres no casamento.
Que insulto para as mulheres!
Entretanto, há esperança. Gloria Steinem — a mulher que não precisava de um homem — recuperou os sentidos. Em 2000, com a idade de 66 anos, para a surpresa de todos, Gloria Steinem se casou.
No relato do Gênesis do começo da humanidade, o Criador anuncia: “Não é bom que o homem esteja só”. Mesmo depois de todos esses anos, as mulheres ainda precisam dos homens e o casamento é definitivamente bom para as mulheres.

http://juliosevero.blogspot.com
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