06 dezembro 2014

Queridos(as) leitores(as)!
A paz do Senhor!

Convidamos a todos à Escola Dominical de amanhã, na qual estudaremos a lição "As setenta semanas", baseada em Daniel 9. 
Para ajudar você no estudo da lição, colocamos aqui o material preparado pela Superintendência das EBDs da nossa igreja (IEAD/PE). Cremos que servirá de grande auxílio na compreensão desse assunto tão importante!


LIÇÃO 10 – AS SETENTA SEMANAS - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 9.20-27)

INTRODUÇÃO
Em Daniel 9.3-27 vemos a oração do profeta para que Deus desse início ao regresso de seu povo do cativeiro
babilônico. Diante do clamor insistente de Daniel, Deus lhe envia um mensageiro angélico com a resposta da sua petição,
mostrando-lhe o panorama profético por Deus estabelecido para restaurar completamente a nação de Israel.

I – O CENÁRIO HISTÓRICO DA PROFECIA
“No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino
dos caldeus” (Dn 9.2). “A expressão “No primeiro ano de Dario […] constituído sobre o reino dos caldeus” nos mostra
que Daniel não o confunde com Ciro. Ele (Dario) não era constituído rei sobre o império medo-persa, mas apenas sobre a
Babilônia. Este registro histórico data aproximadamente de 539-538 a.C., sessenta e sete anos depois de Daniel ter sido
levado no verão de 605 a.C.; cerca de cinquenta e nove anos do começo do cativeiro do Rei Jeoaquim (II Cr 36.9,10;
Ez 1.1); um pouco menos que cinquenta anos a partir da destruição final de Jerusalém em 586 a.C. Isto explica o interesse
de Daniel em Jerusalém (Dn 9.2). Ele imaginou que o tempo já estava sendo contado” (MOODY, sd, p. 57).

II – A ATITUDE DE DANIEL ANTE O TÉRMINO DO CATIVEIRO DE JUDÁ
O texto de Daniel capítulo 9 nos mostra que o profeta desejou compreender melhor a vontade de Deus a cerca do
povo de Israel. Para tanto, ele resolveu tomar duas sábias decisões:

2.1 Examinou a profecia a cerca da restauração do povo (Dn 9.2). “Daniel possuía uma biblioteca, cujos livros ele
estudava. Ele menciona aqui, no versículo 2, as profecias de Jeremias. A profecia de Jeremias, em apreço, diz: “Toda esta terra
virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta
anos, castigarei a iniquidade do rei de Babilônia...” (Jr 25.11,12). Esse rei de que fala a profecia já fora castigado (Dn 5). Daniel
considerava então que já estava no tempo para terminarem as “assolações de Jerusalém”, a qual continuava destruída”
(GILBERTO, 2010, p. 45 – acréscimo nosso) .

2.2 Daniel intercedeu pela restauração do seu povo (Dn 9.3). A oração, na vida de Daniel, era um costume regular. No
seu aposento de janelas abertas, na direção de Jerusalém, ele podia ser encontrado orando três vezes por dia (Dn 6.10).
“Nesse tempo desta oração, quase setenta anos que Daniel fora levado para o cativeiro. Ele tinha mais de oitenta anos de
idade, e breve iria “pelo caminho de toda terra”. Mas o coração ainda ardia pela revificação espiritual da obra do Senhor,
pelo retorno do povo de Deus à terra da promessa, pela reedificação da cidade querida e pela reconstrução do seu Templo
em ruínas” (BOYER, p. 73, 2009).

III – CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS SETENTA SEMANAS REVELADAS A DANIEL

3.1 O sentido da profecia. A profecia das setenta semanas foi dada a Daniel, esta diz respeito ao futuro IMEDIATO e
ESCATOLÓGICO de Israel. Enquanto Daniel, orava, no período de três da tarde (Dn 9.21), um anjo, chamado Gabriel,
foi enviado por Deus para lhe entregar uma mensagem explicativa “Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido”
(Dn 9.22-b). “O anjo apresenta a profecia no sentido completo, e depois mostra a Daniel as suas divisões (Dn 9.24), que
são vistas nos versos 25 a 27. A recomendação a Daniel feita pelo anjo “considera, pois, a palavra, e entende a visão”
(Dn 9.23-b), foi, sem dúvida, por tratar-se de uma profecia cujo tema era de alcance muito vasto; ela alcança séculos e
milênios. Entre os hebreus, em lugar da palavra “semana” usava-se a palavra “shabua”. Em hebraico “shabua” significa,
literalmente, um “sete”. Pode ter o sentido de um “sete” de dias como também um “sete” de anos. Precisamente nesta
profecia tem o sentido profético de anos e não de dias (Nm 14.34; Ez 4.6) Assim sendo, estas “setenta semanas” são
setenta “grupos de sete anos”, ou seja, 490 anos (SILVA, 1986, p. 178 – acréscimo nosso).

3.2 O porque deste tempo de castigo. A Bíblia nos mostra que Deus puniu o seu povo com o cativeiro por pelo menos
dois motivos: (1) eles haviam dado as costas ao Senhor e serviram aos ídolos (Jr 3.13; 18.11; 19.13; 25.5,6; 35.15);
e, (2) os setenta anos de cativeiro sobre a nação foi para “que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da
desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (2 Cr 36.21). “Deus ordenou a Israel, no deserto, que
trabalhasse seis dias em sete e, semelhantemente, seis anos em sete (Êx 20.9,10; Lv 25.1-7). A guarda do sábado a risca
foi observada por Israel logo no deserto, e um homem foi morto porque o violou (Nm 15.32-36). A segunda ordem de
Deus para que se guardasse o ano sabático só entraria em vigor com a entrada da nação na terra prometida (Lv 25.2-4)
Isto significa que todo o “tempo pertence a Deus”. Durante esse ano de repouso, a terra não era lavrada, o fruto era livre,
e a confiança do povo em Deus era provada. Aprendemos de Deuteronômio 31.10-13, que este ano era empregado para
dar instrução religiosa ao povo. Durante os 490 anos da monarquia, esta lei não foi observada, como devia ter sido por 70
vezes. Por isso, foram dados ao povo 70 anos de cativeiro” (SILVA, 1986, p. 166).

IV – CRONOGRAMA JUDAICO DOS ACONTECIMENTOS PROFÉTICOS ACERCA DE ISRAEL
Além do cronograma gentio (Dn 2;7;8), Daniel também recebeu um cronograma judaico dos acontecimentos
proféticos sobre Israel (Dn 9). Essas profecias são muito mais exatas quanto aos anos e dias, e localizam os
acontecimentos principais da redenção e restauração de Israel. Esta profecia é o futuro de Israel no plano de Deus.

SEMANAS REFERÊNCIA BÍBLICA MOMENTO HISTÓRICO
1ª período (7 semanas – 49 anos)
“Sabe e entende: desde a saída da
ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém até o ungido, o príncipe,
haverá sete semanas, e sessenta e duas
semanas: as praças e tranqueiras se
reedificarão, mas em tempos
angustiosos” (Dn 9.25).

As Setenta Semanas tiveram inicio com a ordem expedida por
Artaxerxes, em 445 a.C. para que os judeus voltassem à sua terra
e reconstruíssem o Santo Templo e reerguessem os muros de
Jerusalém (Ne 2.1-6). Nessas sete semanas, ou quarenta e nove
anos, puderam os judeus, sob a liderança de Neemias, Esdras,
Zorobabel, Ageu, Zacarias e o sumo sacerdote Josué, reaver parte
da glória que lhes tirara Nabucodonosor. Os tempos porém eram
de angústia, aflição e apertos.

2º período
(62 semanas – 434 anos)
“E depois de sessenta e duas semanas
será cortado o ungido, e nada lhe
subsistirá; e o povo do príncipe que há
de vir destruirá a cidade e o santuário,
e o seu fim será com uma inundação; e
até o fim haverá guerra; estão
determinadas assolações” (Dn 9.26).

Desde a reconstrução de Jerusalém até a morte do Cristo, passarse-
iam sessenta e duas semanas, ou seja: 434 anos. Este foi o
tempo transcorrido desde a ordem de Artaxerxes até a
crucificação do Filho de Deus. Apesar de algumas pequenas
divergências entre os vários estudiosos, a profecia cumpre-se de
maneira surpreendente. Em seguida, o profeta fala da destruição
de Jerusalém por Roma, o que se deu em 70 d.C.

3º período
(1 semana - 7 anos)
“E ele fará um pacto firme com muitos
por uma semana; e na metade da
semana fará cessar o sacrifício e a
oblação; e sobre a asa das abominações
virá o assolador; e até a destruição
determinada, a qual será derramada
sobre o assolador” (Dn 9.27).

Último período das Setenta Semanas, durante o qual terá lugar o
reinado do Anticristo e a Grande Tribulação. Esta semana será
inaugurada logo após o arrebatamento da Igreja (2 Ts 2.7;
Ap 3.11). Como as demais, terá a duração de sete anos; será
dividida em duas partes de três anos e meio cada: a primeira de
uma aparente paz e segurança; a segunda será marcada pela
Grande Tribulação (Ap 11.2,3, 12.6). No final dessa semana,
aparecerá o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja, para
implantar na Terra o Reino Milenial.

V – O QUE ACONTECERÁ COM ISRAEL DURANTE A ÚLTIMA SEMANA DE 7 ANOS
“Essas semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu Libertador
apareça, para que, como diz o final do versículo 24 da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a
justiça eterna. Estas "semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. "Sobre o teu povo [o povo de Daniel], e sobre a tua
santa cidade" (a cidade de Jerusalém - v. 24)” (GILBERTO, 2010, pp. 48,49). 
Nesse período seriam realizados os seguintes seis importantes eventos (Dn 9.24): (a) “fazer cessar a transgressão”. Esta declaração indica por fim à rebelião secular de Israel contra Deus. Israel crucificou o Messias quando Ele chegou ao mundo, e consequentemente foi castigado. Sua incredulidade será transformada em fé à Segunda Vinda de Cristo, quando essa nação aceitará Jesus como Messias. Toda a nação “nascerá de novo” (Rm 11.25-29; Is 66.7-10; Ez 36.24-30); (b) “dar fim aos pecados”. Isto é, por um ponto final aos muitos pecados e à rebelião de Israel, evento que se realizará depois da Tribulação (Ez 36.24-30;
37.24-27; 43.7; Zc 14.1-21); (c) “expiar a iniquidade”. Realizar a expiação em favor desse povo espiritualmente perverso. Isso aconteceu na cruz do Calvário em favor do mundo todo, mas Israel, como nação, até hoje não se valeu dessa maravilhosa providência divina. Mas à vinda de Cristo, Israel se arrependerá dessa atitude (Zc 13.1-7; Rm 11.25-27); (d) “trazer a justiça eterna”. Isto é, a justiça que Cristo proveu pela morte na cruz (Is 9.6,7; 12.1-6; Dn 7.13,14,18,27; Mt 25.31-46; Rm 11.25-27); (e) “selar a visão e a profecia”. Isto é, chegar ao cumprimento das profecias concernentes a Israel e Jerusalém. Todos conhecerão ao Senhor, desde o menor até ao maior deles (Jr 31.34; Is 11.9); e, (f) “ungir o Santo dos Santos”. Está claro que isto significa a purificação do lugar santíssimo do templo dos judeus e a cidade de Jerusalém dos efeitos da “abominação da desolação” e demais sacrilégios praticados pelos gentios durante a Tribulação. Incluirá também a consagração do templo milenial previsto em (Ez 40-43; Zc 6.12,13).

CONCLUSÃO

Através das visões concedidas a Daniel, aprendemos que Deus não desistiu de Israel. Pelo contrário, Ele tem
estabelecido um plano onde irá restaurar física, moral e espiritualmente o Seu povo escolhido, cumprindo assim Suas
palavras anunciadas através dos Seus santos profetas.

REFERÊNCIAS
· ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário de Escatologia Bíblica. CPAD.
· GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. CPAD.
· OLSON, Nels Laurence. O plano divino através dos séculos. CPAD.
· PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Daniel. Editora Batista Regular.
· SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.

· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

15 novembro 2014

A Crise de Integridade - livro para download

Paz do Senhor!

Estudaremos neste domingo a sétima lição do quarto trimestre deste ano. Com o título "INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE", ressaltaremos a importância do caráter ilibado em uma sociedade que caminha para a destruição. Como Daniel, podemos vencer os desafios que surgem nessa jornada pela terra. Somos peregrinos em terra estranha e almejamos ardentemente o nosso lar. Até lá, precisamos da graça de Jesus e da ajuda do seu Espírito para vencermos dia a dia.

Disponibilizamos o download de um excelente livro que trata deste tema, para que vocês aprofundem o conhecimento neste assunto. Trata-se do livro:  A Crise de Integridade, de Warren W. Wiersbe.

Clique aqui e faça o download.



Um bom final de semana! Esperamos vocês amanhã na EBD!



Cristhiane e Adna

11 outubro 2014

Visuais do Livro de Daniel

Queridas,

Paz do Senhor!

Como prometido, aqui estão os visuais do livro de Daniel exibidos na aula passada. Você pode imprimir e levá-los em sua revista dominical para consulta, sempre que se fizer necessário.


1. Estrutura do Livro de Daniel - aqui está o resumo gráfico do livro que iremos estudar neste trimestre:




2. Linha do Tempo da Bíblia (Antigo Testamento) - aqui estão, em sequência, os fatos narrados no Antigo Testamento, para termos uma visão global do período em que o profeta Daniel esteve inserido.


20 julho 2014

Nós nos tornamos aquilo que amamos

Amadas,

Já que neste domingo estamos estudando sobre a sabedoria humilde, que vem de Deus, compartilhamos este artigo escrito por A. W. Tozer, que traz uma importante reflexão sobre o que queremos para nossas vidas, qual o resultado que desejamos para o processo de transformação a que estamos submetidos.
Ele ressalta a importância de sabermos para onde estamos nos movendo, se estamos indo numa direção superior ou inferior. E segundo ele, isso vai depender daquilo que consideramos como principal objeto de nosso amor.
Leiam e depois, se possível, postem algum comentário sobre o que acharam. Creio que será de edificação, assim como foi para nós.
Um abraço e uma ótima semana a todas!

Cristhiane e Adna
40a. Classe - EBD - Templo Central



Nós Nos Tornamos Aquilo Que Amamos
por
A. W. Tozer


Estamos todos num processo de transformação. Já saímos daquilo que éramos e chegamos a esta posição onde estamos; agora estamos caminhando para aquilo que seremos.
Saber que nosso caráter não é sólido e imutável e, sim, flexível e maleável não é, em si, uma idéia que incomoda. De fato, a pessoa que conhece a si mesma pode receber grande consolo ao compreender que não está petrificada no seu estado atual; que é possível deixar de ser aquilo que se envergonha de ter sido até então; e que pode caminhar em direção à transformação que seu coração tanto almeja.
O que perturba não é o fato de estarmos em transformação, e sim no quê estamos nos tornando; não é problema o estarmos em movimento, precisamos saber para onde estamos nos movendo. Pois não está na natureza humana mover-se num plano horizontal; ou estamos subindo ou descendo, alçando voo ou afundando. Quando um ser moral (com o poder de escolha) se desloca de uma posição a outra, necessariamente é para o melhor ou para o pior.
Isto é confirmado por uma lei espiritual revelada no Apocalipse: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se" (Ap 22.11).
Não só estamos todos num processo de transformação, mas estamos nos tornando naquilo que amamos. Em grande medida, somos a somatória de tudo que amamos e, por necessidade moral, cresceremos na imagem daquilo que mais amamos; pois o amor, entre outras coisas, é uma afinidade criativa; muda, molda, modela e transforma. É sem dúvida o mais poderoso agente que afeta a natureza humana depois da ação direta do Espírito Santo dentro da alma.
O objeto do nosso amor, então, não é um assunto insignificante a ser desprezado. Pelo contrário, é de importância atual, crítica e permanente. É profético do nosso futuro. Mostra-nos o que seremos e, desta forma, prediz com precisão nosso destino eterno.
Amar objetos errados é fatal para o crescimento espiritual; torce e deforma a vida e torna impossível a imagem de Cristo se formar na alma humana. É somente quando amamos as coisas certas que nós mesmos podemos estar certos; e é somente enquanto continuamos amando-as que podemos nos deslocar lenta, mas firmemente, em direção aos objetos da nossa afeição purificada.
Isto nos dá em parte (e somente em parte) uma explicação racional para o primeiro e grande mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22.37).
Tornar-se semelhante a Deus é, e precisa ser, o supremo objetivo de toda criatura moral. Esta é a razão da sua criação, a finalidade sem a qual não existiria nenhuma desculpa para sua existência. Deixando de fora, no momento, aqueles estranhos e belos seres celestiais a respeito dos quais conhecemos tão pouco (os anjos), concentraremos nossa atenção na raça caída da humanidade. Criados originalmente na imagem de Deus, não permanecemos no nosso estado original, deixamos nossa habitação apropriada, ouvimos os conselhos de Satanás e andamos de acordo com o curso deste mundo e com o espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
Mas Deus, que é rico em misericórdia, com seu grande amor com que nos amou, mesmo quando estávamos mortos em nossos pecados, proveu-nos expiação. A suprema obra de Cristo na redenção não foi salvar-nos do inferno, mas restaurar-nos à semelhança de Deus, ao propósito declarado em Romanos 8: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8.29).
Embora a perfeita restauração à imagem divina aguarda o dia do aparecimento de Cristo, a obra da restauração está em andamento agora. Há uma lenta, porém firme, transmutação do vil e impuro metal da natureza humana para o ouro da semelhança divina, que ocorre quando a alma contempla com fé a glória de Deus na face de Jesus Cristo ( 2 Co 3.18).

Supremo Amor a Deus
Neste ponto, seria proveitoso antecipar uma dificuldade e tentar esclarecê-la. É a questão que surge de um conceito errado sobre o amor. Este conceito errado pode ser definido mais ou menos assim: O amor é volúvel, imprevisível e quase totalmente fora do nosso controle. Surge espontaneamente e tanto pode perdurar como apagar-se sozinho. Como, então, podemos controlar nosso amor? Como podemos direcioná-lo para objetos mais ou menos dignos? E, especialmente, como podemos obrigá-lo a focalizar-se em Deus como o objeto apropriado e permanente da sua devoção?
Se o amor fosse, de fato, imprevisível e além do nosso controle, estas perguntas não teriam respostas satisfatórias e nossa perspectiva seria desoladora. A simples verdade, entretanto, é que o amor espiritual não é esta emoção caprichosa e irresponsável que as pessoas pensam erroneamente que é. O amor é servo da nossa vontade e sempre terá de ir para onde for enviado e fazer o que lhe foi ordenado.
A expressão romântica "apaixonar-se" nos deu a noção que somos obrigatoriamente vítimas das flechas do Cupido e que não podemos ter controle algum sobre nossos sentimentos. Os jovens hoje esperam se apaixonar e ser arrebatados por uma tempestade de emoções deliciosas. Inconscientemente, estendemos este conceito de amor à nossa relação com o Criador e nos perguntamos: Como podemos nos obrigar a amar a Deus acima de todas as coisas?
A resposta a esta pergunta, e a todas as outras relacionadas a ela, é que o amor que temos por Deus não é o amor do sentir, mas o amor do querer. O amor está dentro do nosso poder de escolha, de outra forma não teríamos na Bíblia a ordem de amar a Deus, nem teríamos de prestar contas por não amá-lo.
A mistura do ideal de amor romântico com o conceito de como nos relacionar com Deus foi extremamente prejudicial às nossas vidas cristãs. A idéia de que é necessário "apaixonar-se" por Deus, como algo passivo da nossa parte, fora do nosso controle, é uma atitude ignóbil, antibíblica, indigna da nossa parte e que certamente não traz honra alguma ao Deus Altíssimo. Não chegamos ao amor por Deus através de uma repentina visitação emotiva. O amor por Deus vem do arrependimento, de um desejo de mudar o rumo da vida e de uma determinação resoluta de amá-lo. À medida que Deus entra de maneira mais completa no foco do nosso coração, nosso amor por ele pode, de fato, expandir-se e crescer dentro de nós até varrer, qual enchente, tudo que estiver à sua frente.
Mas não devemos esperar por esta intensidade de sentimento. Não somos responsáveis por sentir, somos responsáveis por amar, e o verdadeiro amor espiritual começa com o querer. Devemos fixar nosso coração para amar a Deus acima de todas as coisas, por mais frio ou duro que este possa estar, e depois confirmar nosso amor através de cuidadosa e alegre obediência à sua Palavra. Emoções prazerosas certamente seguirão. Cânticos de passarinhos e flores não produzem a primavera, mas quando a primavera chega todos estes sinais a acompanharão.
Agora, apresso-me em negar qualquer identificação com a idéia popular de salvação por esforço humano ou força de vontade. Estou radicalmente oposto a toda forma de doutrina, com "capa" cristã, que ensina a depender da "força latente dentro de nós", ou a confiar em "pensamento criativo" no lugar do poder de Deus. Todas estas filosofias infundadas falham exatamente no mesmo ponto – por presumirem erroneamente que a correnteza da natureza humana possa ser levada a voltar e subir as cataratas no sentido contrário. Isto é impossível. "A salvação vem do Senhor".
Para ser salvo, o homem perdido precisa ser alcançado pelo poder de Deus e elevado a um nível superior. Precisa haver uma transmissão de vida divina no mistério do novo nascimento, antes de poder aplicar à sua vida as palavras do apóstolo: "E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito" (2 Co 3.18, NVI).
Ficou estabelecido aqui, espero, que a natureza humana está num processo de formação e que vai progressivamente se transformando na imagem daquilo que ama. Homens e mulheres são amoldados por suas afeições e poderosamente afetados pelo desenho artístico daquilo que amam. Neste mundo adâmico e caído, isto produz diariamente tragédias de proporções cósmicas. Pense no poder que transformou um garotinho inocente, de bochechas rosadas, num Nero ou num Hitler. E Jezabel, será que sempre foi a mulher maldita cuja cabeça nem os cachorros quiseram comer? Não! No princípio, ela também sonhou com a pureza de uma garotinha e se enrubescia ao pensar no amor sentimental; mas logo ficou atraída por coisas perversas, admirava-as e finalmente passou a amá-las. Aí a lei da afinidade moral tomou conta e Jezabel, como argila na mão do oleiro, se tornou aquele ser deformado e odioso que os eunucos jogaram pela janela (2 Rs 9.30-37).

Objetos Morais Dignos do Nosso Amor
Nosso Pai celestial proveu para seus filhos objetos morais e dignos de serem admirados e amados. São para Deus como as cores no arco-íris em volta do trono. Não são Deus, porém estão mais próximos a Deus; não podemos amá-lo sem amar estas coisas e à medida que as amarmos, seremos capacitados a amá-lo ainda mais. Quais são elas?
A primeira é justiça. Nosso Senhor Jesus amava justiça e odiava iniqüidade (Hb 1.9). Por esta razão, Deus o ungiu com o óleo da alegria acima de todos seus companheiros. Aqui temos um padrão definido. Amar implica também em odiar. O coração atraído à justiça será repelido pela iniqüidade no mesmo grau de intensidade; esta repulsão moral é ódio. A pessoa mais santa é aquela que mais ama a justiça e que odeia o mal com o ódio mais perfeito.
Depois vem a sabedoria. Temos a palavra "filosofia", que vem dos gregos e significa o amor à sabedoria; porém os profetas hebreus vieram antes dos filósofos gregos e seu conceito de sabedoria era muito mais elevado e espiritual do que qualquer coisa que se conhecesse na Grécia. A literatura da sabedoria no Velho Testamento – Provérbios, Eclesiastes e alguns dos Salmos – pulsa com um amor à sabedoria desconhecido até por Platão.
Os escritores do Velho Testamento colocam a sabedoria num plano tão elevado que às vezes mal conseguimos distinguir a sabedoria que vem de Deus da sabedoria que é Deus. Os hebreus anteciparam por alguns séculos o conceito grego de Deus como a essência da sabedoria, embora seu conceito da sabedoria fosse mais moral do que intelectual. Para os hebreus, o homem sábio era o homem bom e piedoso, e sabedoria na sua maior nobreza era amar a Deus e guardar seus mandamentos. O pensador hebreu não conseguia separar sabedoria de justiça.
Um outro objeto para o amor cristão é a verdade. Aqui também teremos dificuldade em separar a verdade de Deus da sua pessoa. Cristo disse: "Eu sou a verdade", e ao dizer isso, uniu verdade com a divindade de forma indissolúvel. Amar a Deus é amar a verdade, e amar a verdade com ardor constante é crescer em direção à imagem da verdade e afastar-se da mentira e do erro.
Não é necessário tentar relacionar todas as outras coisas boas e santas que Deus aprovou como nossos modelos. A Bíblia as coloca diante de nós: misericórdia, bondade, pureza, humildade, compaixão e muitas outras, e aqueles que forem ensinados pelo Espírito saberão o que fazer a respeito delas.
Em síntese, devemos amar e cultivar interesse em tudo que é moralmente belo. Foi por isto que Paulo escreveu aos filipenses: "Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas" (Fp 4.8).


Fonte: Extraído do livro God Tells the Man Who Cares (Deus Conta ao Homem Que se Importa), de A. W. Tozer.

15 julho 2014

Áudio para Memorização

Queridas, a paz do Senhor!

 Como prometido, está aqui o áudio para download para memorização da epístola de Tiago. Ouça pelo celular todos os dias e tenho certeza que em outubro estaremos com Tiago na ponta da língua!

 Um abraço!
 

06 julho 2014

Biblioteca online

Caros leitores,

Com o objetivo de facilitar o acesso a excelentes livros, indicamos um espaço na web em que semanalmente são disponibilizados obras em formato digital. Esperamos poder contribuir um pouco mais para colocar à disposição de vocês títulos que foram escritos por homens e mulheres de Deus, que têm edificado a vida de muitas pessoas através da palavra escrita.
Aqui segue o endereço:

Desfrutem!
Um abraço e que Deus continue vos abençoando.

Cristhiane

08 junho 2014

A Espera do Amado

Paz do Senhor, queridas!

Mais um livro para a edificação das vossas vidas!

Dia dos namorados está chegando e são muitas as moças que se sentem tristes por não ter alguém para relacionar-se com um propósito de casamento. Existe até uma certa pressão não somente por parte da mídia com seus filmes, seriados e revistas, mas até entre as amizades cristãs que uma moça só poder ser feliz se estiver com o seu príncipe encantado. Mas é assim que diz a Palavra de Deus?

Logo no ínício, Debby Jones & Jackie Kendall fazem um excelente cometário sobre isso:

"Alguma vez você já achou que o segredo da felicidade jaz em um casamento? Já lhe passou pela cabeça a idéia de que as únicas mulheres completas são as casadas? Você tem buscado satisfação em sua carreira profissional, aguardando o momento em que venha a se casar? Se respondeu "sim" a qualquer uma dessas perguntas, está acreditando em ilusões. Na contracapa do livro Learning to Be a Woman (Aprendendo a ser mulher), lemos a seguinte declaração sobre contentamento: "A mulher não nasce pronta. Nem se torna mulher quando se casa, tem filhos, cuida do lar ou entra para um movimento de liberação feminina. Ela torna-se mulher quando vem a ser aquilo que Deus deseja que ela seja."1 Essa verdade de valor incalculável pode ajudar- nos a manter a perspectiva correta do verdadeiro contentamento. Muitas mulheres cristãs acham que seus anseios só poderão ser preenchidos com romance, casamento ou a maternidade. Contudo uma análise mais profunda revela que o que precisam de fato é de um relacionamento íntimo com Jesus.

Gary Chapman disse certa vez: "Estou convencido de que o casamento não é mais honroso do que o celibato. Felizes são aqueles que, casados ou solteiros, descobriram que a felicidade não se encontra na união de um casal, mas em um relacionamento verdadeiro com Deus."

Para a mulher cristã, a vida abundante começa com a entrega do controle de cada área de seu viver a Deus.

Uma professora universitária (esposa, mãe de sete filhos, cantora e escritora) disse a um grupo de moças que, quando tinha oito anos, sua mãe lhe contara um segredo que a ajudara pelo resto da vida. A lição tão importante que aprendera era a seguinte:

"Ninguém, nem mesmo seu futuro marido, poderá fazê-la feliz — somente Jesus o pode."

Que ensinamento profundo. Esse segredo auxiliou-a a crescer seguindo a Jesus de todo o coração."


Esperamos que essa leitura seja de bênção para a sua vida!

Clique aqui para download

09 maio 2014

Aniversário de Cristhiane - nossa professora

Estamos em festa hoje. Nossa querida professora comemora 40 anos de uma abençoada vida servindo a Jesus. E nós estamos muito felizes com isso. 

40 anos se passaram e Deus tem sido o teu refúgio e fortaleza, consolo e esperança, Ele tem te guardado em todos esses anos. 
Nesse dia peço que lembres de todo o caminho, pelo qual 
o Senhor teu Deus te guiou no deserto (desta vida) estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não... 
Ele te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem. Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.

 Guarda somente, Cristhiane, os mandamentos do Senhor teu Deus, para andares nos seus caminhos e para o temeres. Porque o Senhor teu Deus te põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de mananciais, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, e de vides e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel. Guarda todos os mandamentos que Deus te ordenou em Sua Palavra e os cumpre; para que vivas, e te multipliques, e entres, e possuas a terra que o SENHOR 
jurou a teus pais (Deuteronômio 8:1-9).


Deus lhe abençoe e realize em sua vida tudo o que Ele prometeu 
para àqueles que Lhe amam. 

Parabéns! Somos muito felizes por ter você sempre ao nosso lado!











05 abril 2014

Lição 1 - E DEU DONS AOS HOMENS

Paz do Senhor, amadas. 

Amanhã inciaremos mais um ciclo de lições bíblicas, sob o tema "Dons Espirituais e Ministeriais". Trata-se de um assunto importantíssimo e que suscita muitas dúvidas em todas nós. 
Para isso, contamos com a graça e a misericórdia do Senhor para abrir nossas mentes e o nosso coração ao ensino da Palavra. Contamos também com o apoio, a dedicação e, principalmente, o conhecimento e a sabedoria das nossas professoras, tão bem preparadas.


TEXTO ÁUREO 
"Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens" Ef 4.8

VERDADE PRÁTICA
"Os dons são dádivas divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha buscá-la."

Eis o link para baixar o estudo da lição. Lição 1 - E DEU DONS AOS HOMENS
Se você não baixou, ainda dá tempo. Leia um pouquinho, foleie alguns versículos e a aula será muito mais proveitosa

Você, que vai participar dessa aula na EBD, sinta-se à vontade para, depois, comentar, sugerir ou perguntar através dos comentários neste texto. 

Que Deus continue abençoando a classe 40!

PS: Não esqueçam do nosso plano de leitura bíblica.

15 março 2014

Plano de leitura da Bíblia

Queridas alunas, a paz do Senhor!

Como havíamos combinado no domingo passado, aqui disponibilizamos um plano de leitura da Bíblia em um ano. Esperamos que todas assumam o compromisso de ler a Palavra de Deus diariamente, pois ela é quem nos instrui por onde devemos caminhar em nossa jornada com Deus (Sl 119.105).
É recomendável que você estabeleça uma disciplina quanto ao tempo e o local da leitura, a fim de tirar dela o maior proveito; mas caso aconteça algum imprevisto e você não consiga fazê-lo, não desista: no outro dia, tente compensar o atraso.

http://voltemosaoevangelho.com/blog/wp-content/uploads/2012/02/plano_de_leitura_biblica_2_v4-generico.pdf


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