26 junho 2018

O tempo e o modo de Deus

Paz do Senhor!

Hoje eu estava lendo o livro de Charles Swindoll, a série Heróis da Fé - Moisés, um livro riquíssimo!

Um trecho do livro chamou muito a minha atenção e me fez lembrar de vocês e da fase da vida tão decisiva em que estão. Leiam e sejam edificadas como eu fui!

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UM PROCEDIMENTO ENERGIZADO PELA CARNE


E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos. E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.
Êxodo 2:11,12

Moisés prendeu o homem com um hábil golpe de lança? Atacou-o com uma espada, pelas costas? Golpeou-o com um soco mor­ tal desferido com sua poderosa mão? A Bíblia não diz. Contudo, fica claro que a idéia era de Moisés e foi posta em prática por ele, energizado pela carne. Não se lê em lugar algum que Deus disse a Moisés: “Interfira nessa situação e endireite as coisas”. A decisão foi dele. Olhou para um lado e para o outro... depois reagiu rápida e violentamente. 

Uma vez estabelecido esse fato, precisamos ser cautelosos aqui. Não devemos precipitar-nos e criticar os motivos do coração desse jovem.

Estou convencido de que o objetivo de Moisés não era apenas aparecer. Creio que sua sinceridade era completa. Ele não se consi­ derou tanto um assassino de um feitor cruel, mas alguém que cora­ josamente saía em defesa do povo de Deus. O desejo de agir corretamente o dominou. Seu problema? Ele se dedicou à vontade de Deus, mas não ao Deus dessa vontade. 

Reflita sobre esse pensamento. Você e eu podemos nos tornar tão dedicados à vontade de Deus, tão dirigidos por um falso sentido de propósito, que podemos sem querer tomar as rédeas do assunto e deixar Deus completamente fora dele. Você já fez isso? 

Aquele feitor cruel devia ser castigado? Sim. Foi errado espancar o hebreu como fez? Claro que sim. Mas quando Moisés interferiu e começou sua Operação Livramento pessoal, ele foi energizado pela carne e não pelo Espírito. 

Isso facilmente acontece com pessoas boas, homens e mulheres com os mais elevados motivos e as melhores intenções. Imagine este quadro: você é um professor talentoso e altamente qualificado. Em seu coração, você anseia por estar outra vez diante de uma classe. Com toda a sua alma, deseja sentir novamente a mesa do professor debaixo de suas mãos e a mente dos alunos pronta para absorver seus conhecimentos. De repente surge uma oportunidade inesperada. Se não tiver cuidado, meu amigo, você vai se achar abrindo caminho às cotoveladas na direção dessa “porta aberta”. 

No entanto, durante todo o tempo, Deus aguarda que procure seu conselho. Se agir sem prestar atenção ao tempo dele, pode per­ der o consentimento do favor divino. Ele não vai abençoar o que não ordenou. Você pode sentir realmente que Deus tem algo para você fazer em determinada área. Mas se não ficar vigilante, se não se humilhar diariamente diante dele, buscar sua face, discernir o tempo dele, operar sob o controle do Espírito, pode forçar e mani­ pular prematuramente a entrada naquele caminho onde Deus o queria, mas não chegará no tempo dele. 

Essa questão do tempo de Deus é crítica! Uma heroína bíblica subseqüente, que compreendia muito bem qual era seu papel crucial, certa vez perguntou a um amedrontado filho de Deus: “Quem sabe separatalconjunturacomoestaéquefosteelevadaarainha?(Et4:14) O apóstolo Paulo aprofundou nossa apreciação desse mistério quan­ do escreveu sobre o nascimento de Cristo, “vindo, porém, aplenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (G14:4-5). No tempo certo, bênçãos incontáveis! Mas no tempo errado... 

Moisés olhou para um lado e para o outro, não é interessante? Mas ele não olhou para cima, olhou? Olhou em ambas as direções, horizontalmente, deixando a vertical de fora. O que ele fez com os resultados de sua ira assassina? As Escrituras dizem: “...o escondeu (o egípcio) na areia”. 

Quando se age baseado na carne, existe invariavelmente algo a ser ocultado. Você tem de enterrar seu motivo. Tem de esconder um contato feito para manipular o plano. Tem de encobrir uma mentira ou meia-verdade. Tem de voltar atrás numa vaidade. É preciso cobrir o cadáver que seu procedimento carnal criou. É só uma questão de tempo até que a verdade apareça. A areia sempre revela seus segredos. 

Essa é uma boa ocasião para enfatizar que os capacitados e talentosos são também vítimas da vulnerabilidade. Os altamente qua­ lificados vivem à mercê do ataque sutil do inimigo — aquele adver­ sário que o incita a agir na carne, a fazer a coisa certa na hora errada. E como ele opera? A maioria de nós já conhece a estratégia. 

Você se sente movido por uma sensação de necessidade. Faz um juramento insensato, como Jefté, e vive para lamentá-lo pelo resto de seus dias. Apressa o processo, como fizeram Abrão e Sarai, e acaba mais tarde com um Ismael nas mãos, zombando do produto da promessa. 

O conselho de Deus, o tempo de Deus, são negligenciados e você interfere para manobrar as coisas. No final, acaba se encrencando. Fica com um cadáver, uma enxada nas mãos e uma sepultura rasa a seus pés. 

Sabe o que é estranho nisso tudo? A maioria de nós não tem muito jeito para encobrir as coisas. Fico surpreso ao ver que Moisés nao soube sequer enterrar direito um egípcio. Ele simplesmente fa­ lhou em cobrir o morto como devia. 

O que dizer, porém, depois de muitos anos, quando Deus to­ mou o controle e Moisés agiu de acordo com o tempo dele? Deus soube cobrir os egípcios? Deus sepultou o exército inteiro deles sob o mar Vermelho, cavalos, armas, carros e tudo o mais! Quando Deus participa, o trabalho sai. Com o Senhor na direção, o fracasso foge. 

Quando a carne governa, entretanto, você não pode sequer en­ terrar as conseqüências. Elas o perseguem! É por isso que Moisés “olhou de uma banda e de outra banda”. Ao operar na carne, ele tinha de verificar se a retaguarda estava livre antes de agir. Mas foi apanhado!


(C. Swindoll) 












24 setembro 2017

Livro: Homem e Mulher

Boa noite, meninas!

Como prometido hoje, aqui está o livro Homem e Mulher, do John Piper e Wayne Grudem. Leiam atentamente e não esqueçam de compartilhar com os homens que estão por perto. Edifica a nós e a eles.

Deus abençoe vocês! Boa leitura!

Adna.

O link está aqui: HOMEM E MULHER - JOHN PIPER E WAYNE GRUDEM

18 março 2017

A Verdade Absoluta é Objetiva, Não Subjetiva

Durante a Guerra do Vietnã, eu (Josh McDowell) fui entrevistado por uma repórter do Boston Globe, depois de uma conferência gratuita. Ela era decididamente contra a guerra e a matança e decidi então desempenhar o papel de advogado do diabo, a fim de descobrir onde estava baseada a sua fé.
- "Qual é o problema com a idéia de matar?", perguntei.
- "Matar é errado", insistiu a repórter.
Continuei: - "Por que é errado?"
- "Porque sim", respondeu ela, parecendo frustrada com a minha pergunta óbvia.
Mantive a pressão. - "Quem lhe disse isso?"
- "Meus pais me ensinaram que a guerra e a matança são erradas."
- "E onde seus pais aprenderam sobre os chamados males da guerra e das mortes?
- "Com os pais deles", respondeu ela. "Minha família sempre acreditou que as guerras são erradas."
Fui direto ao assunto. - "Está querendo dizer para mim que é errado ir à guerra só porque seus avós ensinaram a seus pais e seus pais ensinaram isso a você? E as pessoas que aprenderam que a guerra e as mortes são justas e certas? E os pais nazistas que ensinaram a seus filhos que matar judeus era certo? Se a guerra é realmente errada, não seria errada em todas as culturas?"

A repórter não soube responder. Sua forte convicção tem uma base frágil: opinião subjetiva em vez de um padrão objetivo. Quando o certo e o errado são determinados subjetivamente, a idéia de moral de uma pessoa é tão boa quanto a de outra. O raciocínio humano, o condicionamento e as emoções levam algumas pessoas a crer que um ato é errado, enquanto outras estão igualmente convencidas de que ele é certo. Sem diretrizes externas de comportamento, as pessoas podem induzir a si mesmas a crer que qualquer coisa é certa ou errada.

A verdade absoluta é um padrão objetivo, algo fora de nós. Certo e errado não são itens que aceitamos com base no voto da maioria, nem eles surgem ou desaparecem de acordo com o que as pessoas pensam ou sentem que é certo na ocasião. As diretrizes morais e éticas básicas, procedentes da verdade absoluta, devem manter-se independentes da opinião pessoal.


[...] É impossível chegar a um padrão objetivo, universal e constante de verdade e moralidade sem colocar Deus em cena. Se um padrão objetivo de verdade e moralidade existe, não pode ser produto da mente humana (pois não será então objetivo); ele deve ser produto de outra Mente. Se uma verdade constante e imutável existe, da deve ultrapassar os limites de tempo humanos (ou não seria constante); deve ser eterna. Se uma regra universal de certo e errado existe, ela deve transcender a experiência individual (ou não será universal); ela deve estar acima de todos nós. Todavia, a verdade absoluta deve ser algo – ou Alguém – que seja comum a toda humanidade, toda a criação. 

"Estas coisas – essas exigências pala um padrão de verdade e moralidade – são encontradas apenas em uma pessoa: Deus. Deus é a Fonte de toda a verdade. 'Eis a Rocha!', disse Moisés, 'Suas obras são perfeitas [...] não há nele injustiça: é justo e reto" (Deut. 32:4). A natureza e o caráter de Deus é que definem então a verdade; definem o que é certo para todas as pessoas, todos os tempos, todos os lugares... A verdade é objetiva porque Deus existe fora de nós; é universal porque Deus está acima de tudo; é constante porque Deus é eterno. A verdade absoluta é absoluta porque tem origem no original.


Josh MacDowell

03 dezembro 2016

Aquietai-vos e Vede o Livramento do Senhor !

David Wilkerson


As quatro palavras mais ouvidas entre os cristãos nas horas de crise são: "Senhor, faça alguma coisa!". É totalmente contra a natureza humana nos aquietarmos e não fazer nada quando enfrentamos as perplexidades da provação. Em verdade, esperar com paciência Deus agir é provavelmente a coisa mais difícil no caminhar cristão. Até os crentes mais consagrados entram em pânico quando o Senhor não se move de acordo o horário que eles querem. Constantemente damos prazos e limites de tempo a Deus. Gritamos, "Deus, quando o Senhor vai resolver isso? Quanto tempo vai demorar? Se não for agora, será tarde demais!". Mas Deus nunca se atrasa. Ele sempre age -- e não segundo a nossa programação, mas a dEle. 


O nosso Deus está sempre procurando sobre a terra pessoas que confiem nEle em toda crise, provação e em toda situação desesperadora. Na realidade, Ele muitas vezes nos leva a situações alarmantes, críticas, difíceis - a fim de nos testar. Ele quer ver se estamos dispostos a nos aquietar, e esperar que nos traga livramento sobrenatural. 
A Bíblia declara com muita clareza: "O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se apraz" (Salmo 37:23). A palavra em hebraico para "firma" aqui quer dizer "prepara passo a passo, fixa, ordena". Isso quer dizer que é Deus, não o diabo, que nos leva a situações difíceis. Podemos gritar, "Senhor, por que permites que essa crise continue?". Mas a verdade é a seguinte: não só Ele permite a provação, como o faz deliberadamente - para um propósito. E isso é duro de aceitar!

Contudo Deus permite essas experiências duras a fim de produzir fé em nós. Ele está nos moldando para sermos piedosos exemplos de fé - sermos o Seu testemunho diante de um século incrédulo e ímpio. Creio firmemente que todo passo que damos é ordenado por nosso Pai celestial. E se isso é verdadeiramente real, então não posso acreditar que alguma vez Deus me levaria ao limite de uma situação difícil só para me abandonar. Ele não diria, "Ok, David, Eu o guiei até aqui. Agora o problema é teu!".
Não! Deus é totalmente fiel aos filhos, em toda crise. E Ele está sempre nos perguntando: "Você será aquela pessoa que tenho procurado? Você será aquele que não entrará em pânico - que não me acusará de abandonar, de esquecer e judiar dos filhos? Você se aquietará na crise, se apoiará sobre a fé, confiando que cuidarei de ti?".



A Bíblia Está Cheia de Exemplos de Crises Tremendas e Alarmantes - Deliberadamente Estabelecidas Pelo Senhor !



O Velho Testamento registra muitas provações para o povo de Deus. Talvez o maior exemplo disso tenha sido a crise no mar Vermelho. Essa situação não foi instigada pelo diabo ou pelo faraó. Foi uma crise inteiramente arranjada por Deus - e estabelecida a partir de Suas próprias ordens a Israel. Afinal, dizem as escrituras, foi Deus quem endureceu o coração do faraó, quem levou os egípcios a perseguirem Israel, e permitiu que o exército egípcio caísse sobre eles junto ao mar. Deus havia mandado especificamente que o povo acampasse entre Migdol e Pi-Hairote. Esse local estava situado entre duas montanhas, tendo o mar bloqueando pelo terceiro lado. A única rota possível de fuga seria voltando para o deserto - e esta estava bloqueada pelo exército do faraó, que se aproximava. Agora os israelitas estavam desesperados diante da situação. O seu Deus os havia guiado até lá!

Quero mostrar algo aqui: Deus poderia ter programado quebrar a roda dos carros egípcios em qualquer momento. Poderia ter feito isso no deserto, deixando-os encalhados e levando-os a morrer de fome. Mas em vez disso, esperou até que estivessem dentre as paredes do mar que se abria.

Deus também poderia ter enviado a nuvem sobrenatural sobre o acampamento para os confundir; os soldados ficariam andando confusos no nevoeiro durante dias. Mas ao invés, Ele escolheu enviar a nuvem para ficar atrás dos israelitas como proteção.

Ou, Deus poderia ter enviado um único anjo para exterminar o exército egípcio inteiro, num piscar de olhos. Ele poderia resolver destruí-los a hora que quisesse. Mas o Senhor não fez nada disso. Pelo contrário, Ele encurralou Israel dentro de um aperto terrível e tremendo - uma crise da qual seria impossível fugir por meios humanos!

Creio que o Senhor tinha dois propósitos ao permitir essa situação tão angustiosa para o Seu povo:
1) Ele estava resolvido a dessa maneira aniquilar os inimigos de Israel, e assim os israelitas nunca mais teriam de fugir olhando para trás com medo. Deus estava dizendo, basicamente, "Vou espalhar o corpo de seus inimigos sobre a praia para que vocês vejam um por um morto. Então saberão que tenho todo o poder!".
2) Deus queria conceder uma oportunidade para que o povo colocasse a vida nas mãos dEle - se aquietasse e confiasse na Sua direção.

Como sabemos que Deus arranjou essa situação tão apavorante para testar o povo? A própria palavra diz isso: "Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos" (Deuteronômio 8:2).

Esse versículo esclarece de maneira clara: "...de todo o caminho pelo qual o Senhor... te guiou...". Foi Deus que os guiou ao mar Vermelho - não o diabo! 
Mas, por que Deus fez isso? O mesmo capítulo nos diz: "...para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem" (verso 16). Deus está dizendo essencialmente, "Eu procurava algo em vocês. Eu os levei à essa situação para que praticassem a fé. Unicamente este tipo de circunstâncias poderia lhes produzir fé real. Unicamente uma confiança absoluta em Mim conseguiria lhes salvar!".

"Ele te humilhou, e te deixou ter fome..." (v. 3). Em outras palavras: "Eu os levei a situações difíceis, situações de fome, situações de sede, a situações alarmantes, terríveis -- para ver se vocês tinham um coração confiante!". 
Com os egípcios se aproximando rapidamente, não havia para onde fugir. As montanhas dos dois lados eram nuas, sem árvores ou cavernas para se esconder. E o mar os cercava pelo outro lado. Eles simplesmente não tinham para onde ir. Não havia solução! As escrituras dizem nesse ponto: "...os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao Senhor" (Êxodo 14:10).

Tente se colocar na situação deles: a família em redor - seus filhos, netos, parentes. E de repente você ouve o ruído das rodas dos carros, das espadas, o feroz grito de guerra vindo de um exército assassino e sedento de sangue. Você não teria medo? 
A verdade é que Deus é paciente conosco quando a terrível torrente do pavor humano nos domina numa crise súbita. O nosso Senhor não é um tirano cruel. E sabia que seria uma experiência aterradora para Israel.

Na verdade Ele poderia ter se agradado de uma prece assim, "Senhor, estamos com medo! Mas sabemos que tens sido sempre fiel em nos livrar. Quando estávamos no Egito, Tu nos livraste do anjo exterminador e de todas as pragas. E sabemos que tens igualmente poder para nos livrar nessa crise, não importando o quanto ela pareça cruel. Pai, entregamos nossas vidas em Tuas mãos!".

Mas foi esse o clamor de Israel? Não! As escrituras dizem, "Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?...melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto" (vs. 11-12).

Eles estavam sendo sarcásticos, quase chegando à blasfêmia. E acusavam Deus de ter a intenção de destruí-los. Não era um grito de fé!



Você foi levado a essa situação tão difícil pelo próprio Senhor. A verdade bíblica pura e simples é que se você é dEle.

Você está enfrentando a sua própria crise nesse momento? Talvez você esteja carregando fardos tão pesados, que seus amigos se dobrariam sobre os rostos se soubessem deles. Porém permanece o fato de que você foi levado a essa situação tão difícil pelo próprio Senhor. A verdade bíblica pura e simples é que se você é dEle - se Ele ordenou seus passos - então Ele lhe colocou onde você está. E Ele deve ter uma boa razão para isso. Você está sendo testado!

Você pode perguntar, "O quê devo fazer quando sou levado a uma situação destas? O que faço quando não há esperança - quando não há saída? O que acontece quando sou batido pelo medo  pois tudo ao meu redor está desmoronando - e não tenho pra onde ir, não tenho respostas para o meu problema, não tenho ninguém para me dizer como sair deste drama?".
Aqui está como Deus respondeu a Israel quando eles enfrentaram a crise: "Não temais; aquietai- vos e vede o livramento do Senhor...O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis" (vs. 13-14).

O Senhor estava dizendo, "A primeira coisa com a qual vocês precisam tratar é o medo! Eu vou lutar por vocês. E vou salvar e livrá-los. Então, deixe que essa promessa seja a sua força. Deixe que ela leve todo o temor!".





Agora Aplico Isso à Nova Aliança


Primeiro, quero falar sobre a escravidão ao pecado -- ou seja, da sua guerra contra a carne. Sob a Nova Aliança, Deus permitirá situações para nos mostrar o quão frágeis somos -- e o quão somos totalmente dependentes dEle para nos livrar através da fé.

Deus nunca o levará à tentação. Mas permitirá que você chegue ao ponto quando se esvai toda a sabedoria. Se há um pecado que tenazmente o assedia, esse pecado é o faraó em sua vida. E seu exército de espíritos vivos lhe ataca continuamente com mentiras demoníacas: "Você não vai conseguir. Você vai afundar. Vai acabar destruído!".

Você ouve o soar das correntes quando Satanás tenta lhe prender ao seu hábito uma vez mais. E se pergunta, "Senhor, quando vou conseguir me livrar disso? Eu já caí tão fundo!".

O que pode fazer? Você sabe que não pode bater o inimigo; numa briga você não é páreo para ele. Você é frágil; então se assusta, treme de medo.

Aí você pode dizer, "Simplesmente vou voltar aos meus antigos caminhos. Desse jeito pelo menos fico livre de toda essa luta espiritual. É muito para mim!". Mas você sabe que não pode voltar para o antigo senhor. Se voltar agora - se abandonar Cristo - isso lhe custará a vida!

Eu lhe pergunto: quantos israelitas teriam sido poupados se tivessem voltado ao Egito? Nem um sequer teria sobrevivido! Todos seriam reduzidos a pedaços. Por que? Porque o inimigo é um assassino sedento de sangue, louco para nos destruir!

Nessa altura, muitos cristãos ficam presos no infernal círculo do peca e confessa, peca e confessa. Eles correm atrás de amigos, conselheiros, de qualquer um que os ouça se lamentando, chorando e orando. Esses crentes farão qualquer coisa menos se aquietar e confiar no Senhor em favor de sua libertação.

Porém o Velho Testamento nos dá exemplo após exemplo de o quanto não temos poder algum em nossa carne para combater batalhas espirituais. O nosso velho homem é totalmente fraco e impotente. Mas temos um novo homem em nosso interior - e este deve submeter sua vida totalmente às mãos do Senhor. O novo homem compreende que não há saída humana -- que Deus tem de fazer toda a luta por ele. Resistimos ao diabo não em nossa força, mas pelo poder do Espírito Santo, que é revelado em nós unicamente pela fé.


Eu Creio que Deus,
Por Meio do Seu Espírito,
Salva e Livra o Seu Povo
Lhe Dando um Rumo Com Clareza !


Deus fala ao Seu povo pelo Espírito. E Ele torna a voz do Espírito clara para nós: "Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele" (Isaías 30:21). A voz do Espírito de Deus nos vem antes de tudo através das escrituras. Ele pode nos abrir uma passagem bíblica que será a chave para o nosso livramento. Mas antes de podermos ouvir a Sua voz nos direcionando, Deus requer algo de nós: devemos nos aquietar e esperar que Ele aja!

Essa palavra não é uma sugestão, mas um mandamento. E é o segredo para a vitória total e nosso livramento. Na verdade, o Senhor ordenou que o povo se aquietasse em várias ocasiões. Por exemplo, em Josué 3 lemos de outra travessia que Israel teve de fazer no rio Jordão. Deus instruiu assim o povo: "...Ao chegares à borda das águas do Jordão, parareis aí" (Josué 3:8). E o Senhor acrescenta: "...assim que as plantas dos pés dos sacerdotes...pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas...e se amontoarão" (v. 13).

Deus estava basicamente dizendo o seguinte: "Quando chegarem à água, plantem os pés lá e simplesmente permaneçam lá. Aquietem-se, descansem. Não tentem descobrir o que vou fazer. Simplesmente esperem Eu agir. Eu separarei as águas para vocês!".


A palavra "aquietem-se" em hebraico nessa passagem quer dizer "parem toda atividade, cessem todo empenho e esforço". No entanto, quantos israelitas obedeceram quando chegaram ao Jordão? Enquanto permaneciam com os pés na água, muitos devem ter pensado, "Como vou saber se isso vai funcionar?".

Alguns podem ter sido tentados a construir algum tipo de balsa e tentar atravessar com a própria engenhosidade. Mas isso seria tudo em vão. Deus realmente agiu nessa ocasião -- Ele realmente partiu as águas. E o fez porque o ato de obediência de Israel foi acompanhado pela fé. Eles fizeram o que Deus havia mandado, e descansaram nisso. Deus respondeu à fé!



A palavra do Senhor - a voz de orientação e livramento - é dada aos que chegam ao estado de quietude diante de Deus!
Noutra ocasião, o rei de Israel recebeu ordem de se aquietar ao invés de agir. Após Samuel ungir Saul como rei, acompanhou-o até os limites da cidade. E à certa altura, Samuel disse a Saul, "...tu...espera, que te farei saber a palavra de Deus" (I Samuel 9:27). Samuel estava dizendo, "Saul, eu acabei de lhe ungir, e a sua mente já está se agitando. Você está pensando, 'O que Deus vai fazer? Como vou ouvir Sua voz, a Sua vontade?' Páre de se esforçar, Saul! Você quer ouvir de Deus? Quer orientação dEle? Então se aquiete e ouça. Eu lhe darei a palavra de Deus".  Isso ilustra perfeitamente o princípio que quero enfatizar aqui: a palavra do Senhor - a voz de orientação e livramento - é dada aos que chegam ao estado de quietude diante de Deus!

Em II Crônicas lemos que Judá estava sendo in
vadida por uma aliança de poderosos exércitos. As escrituras dizem que o rei Josafá "teve medo e se pôs a buscar ao Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá" (2 Crônicas 20:3). O povo começou a orar, clamando, "...Na tua mão, está a força e o poder, e não há quem te possa resistir...Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti" (vs. 6,12).

Mais uma vez vemos que não há nada errado em temer. Deus é longânimo conosco, e não apresenta o medo como algo contrário a nós. Na verdade, devemos fazer a mesma oração de Josafá: "Senhor, estou com medo! O inimigo vem como um dilúvio, e não sei o que fazer. Mas o que realmente sei é que Tu tens todo o poder e a força. Então nada farei, Senhor, exceto orar. Porei os meus olhos sobre Ti!".

"Então, veio o Espírito do Senhor no meio da congregação" (v. 14). Aqui está o que o Espírito ordenou: "Não temais, nem vos assusteis...pois a peleja não é vossa, mas de Deus... Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados e vede a salvação que o Senhor vos dará..." (vs. 15-17).

As frases "tomai posição, ficai parados" querem dizer "assuma uma postura; não hesite nesse assunto". Em outras palavras: "Assuma uma posição de fé. Esteja convencido de que a batalha é do Senhor. Qualquer demônio que vier contra ti tem de vir contra o Cristo em ti. A luta é do Senhor -- não tua!".

Você pode se lembrar do que aconteceu nessa história. Quando os homens de Judá saíram para combater o grande exército, encontraram o inimigo já morto no campo de batalha. Os poderosos soldados inimigos tinham se levantado no meio da noite e começaram a combater entre si -- e acabaram se destruindo! Assim, o exército de Judá simplesmente recolheu o espólio de guerra e marchou de volta num grande desfile de vitória. Não tinham sequer levantado uma espada. O Senhor tinha feito toda a luta por eles!

O salmista escreve, "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra" (Salmo 46:10). A tradução literal em hebraico é "Cesse e abandone todo o seu esforço, e conscientize-se de que sou Deus". Em outras palavras, "Chega de forçar! Pare todo esse esforço para se livrar. Entenda que somente Deus pode lhe salvar!".

Pode-se dizer, "Mas irmão David - não houve vezes em que Israel teve de pegar armas e lutar?". Sim, houve - mas sob essa condição: a de que primeiro se aquietassem diante do Senhor e recebessem orientação detalhada dEle. É isso que Josué fez antes da batalha de Jericó. Ele recebeu ordens detalhadas de marcha antes de qualquer coisa. E a vitória trouxe toda a glória a Deus!


Vou Dizer O Que Creio Ser Necessário
Nessa Questão de "Se Aquietar" Diante de Deus



A palavra “aquietar-se” não quer dizer ficar passivo ou descansar no destino. O destino diz “O que será, será”. Mas a fé muda qualquer coisa. E “aquietar-se” é um ato de fé - um descanso ativo nas promessas de Deus. É a determinação de cessar todos os questionamentos, dúvidas, esforços inúteis.

“Aquietar-se” é um ato de fé - um descanso ativo nas promessas de Deus.
Desde que entrei no ministério, uma área de muito empenho de minha parte tem sido essa questão de conhecer a voz de Deus. Creio que essa seja uma luta comum a muitos cristãos hoje em dia. Sempre estamos perguntando, “Como posso saber que a voz que estou ouvindo é de Deus? Como posso discernir se é dEle, minha, ou da carne?”.

Toda vez que enfrento uma necessidade crítica que exija resposta, volto-me para o Senhor em oração. Eu clamo, “Pai, a palavra diz que falas com o Teu povo. Por favor, Deus - fale a mim. Me dê a Tua orientação”. E acabo citando todas as promessas bíblicas que conheço:

· “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo. 10:27).


· “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30:21).

· “Pois esta (Minha) palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração...” (Deut. 30:14). 

Realmente, uma voz suave e terna muitas vezes vem a nós - e quando Deus começa a falar, subitamente sentimos grande paz e tranqüilidade. A voz é confortadora, calma, e deixamos nosso lugar de oração nos sentindo maravilhosamente. Ele seguramente nos guia e traz livramento pela voz do Espírito Santo.

Mas com muita freqüência, a palavra que ouvimos em oração não acontece. Na verdade, às vezes se prova ser errada. E percebemos que ouvimos uma outra voz - não a de Cristo. Nesse caso, pode ser ou a voz de nossos próprios desejos e ambições, ou a voz de nossa carne. Por favor entenda - não estou falando de se ouvir “bobagens”. Ao longo dos anos tenho ouvido pessoas atribuindo à voz de Deus tantas coisas bobas e carnais. Não é isso - estou falando de crentes piedosos que se agarram à palavra de Deus e em fidelidade buscam-nO para ter orientação. E quando a palavra que recebem de alguma maneira dá errado, uma nuvem de dúvidas vem sobre eles. Acabam confusos, e clamam: "Oh Deus -- eu fiz tudo que podia! Orei. Me agarrei à Tua palavra. Tu sabes que quero Tua vontade, Senhor. E sei que estou sob o Teu sangue. Como pude me enganar tanto? Como pude confundir Tua voz com outra? Oh Senhor -- será que algum dia conseguirei confiar outra vez numa voz?".


Há milhares de vozes -- inclusive a voz da carne, a voz da vontade, a voz da ambição -- e todas gritam para chamar a atenção da nossa mente.
Paulo descreve esse sentimento assim: "...perplexos, porém não desanimados" (2 Coríntios 4:8). Mas esquecemos que Paulo também diz, "Há, sem dúvida, muitos tipo de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido" (I Coríntios 14:10). Há milhares de vozes - inclusive a voz da carne, a voz da vontade, a voz da ambição - e todas gritam para chamar a atenção da nossa mente. Não importa o quanto oramos, o quão próximo estamos do Senhor, quantas horas gastamos em Sua palavra - todos somos falíveis, e todos cometemos erros. A nossa carne ainda possui voz -- e às vezes entrará no meio.

Quero contar como Deus me conduziu através deste teste de fé: ME FIRMEI NA VERDADE DE QUE O SENHOR ORDENA CADA PASSO MEU! Estou convencido de que Deus prepara e estabelece todas as minhas circunstâncias. Ele prometeu, por aliança, me levar e guiar pelo Espírito e não me deixar cair. Então, agora oro em fé, crendo na Sua palavra para mim. E me aquieto e espero que Ele aja.
Veja, quando Deus faz uma promessa, não se trata mais de uma questão de graça. Antes, é legal. Ele sela a Sua promessa com um juramento -- e temos o direito de assumi-la "legalmente". Deus não pode recuar de nenhuma de Suas promessas, ou não seria Deus. Então, podemos nos agarrar à cada promessa e dizer, "Senhor, vou me suster sobre o que disseste. Não é necessário resposta! A Tua promessa é a Tua voz -- falando diretamente comigo!".

Alguém poderá dizer, "Um momento. Você quer dizer que não devemos manter comunhão com Deus?". Claro que devemos, não é isso que eu quis dizer. Mas o fato é que a nossa comunhão com o Senhor não é restrita à adoração, ao louvor ou à oração. A nossa comunhão com Ele também inclui confiar nEle. Mantemos comunhão nos apoiando sobre a Sua palavra escrita e revelada!

O Espírito Santo "fala" na maioria das vezes nos guiando às passagens bíblicas pertinentes, nos mostrando a mente de Deus sobre qualquer assunto e nos dizendo quais passos tomar. Por que deveria Ele falar através de uma voz interior quando não "ouvimos" Sua voz revelada, escrita?


O fato é que Deus não tem de nos dizer tudo para que tenhamos intimidade com Ele. Ele não tem de revelar todos os Seus planos para nós. Na verdade, podemos ter intimidade com Deus simplesmente por abrirmos mão de esforços para discernir a Sua voz. Este tipo de intimidade diz, "Senhor, mesmo que eu nunca mais ouça outra palavra vinda de Ti, ainda assim Tu me deste tudo que preciso. Sei que me amas -- a Tua palavra veio a mim -- e vou repousar nisso. Tudo que peço é que cumpras Tuas promessas para mim. Não há necessidade de resposta!".

Enquanto isso, devemos ficar satisfeitos com a revelação que temos na palavra de Deus: "(Deus)...nestes últimos dias, nos falou pelo Filho..." (Hebreus 1:2). E Deus nos deu suficientes promessas de aliança no sentido de cuidar de nós em meio a qualquer crise ou provação: "Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina..." (2 Pedro 1:3-4).

Davi é exemplo deste tipo de confiança. Em seu leito de morte, esse homem de Deus diz: "Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus..." (2 Samuel 23:5). Em outras palavras: "Ainda não vi se cumprirem todas as palavras que o Senhor me deu. A minha casa ainda não está como deveria ser. Três dos meus filhos morreram. Contudo me foi dada a promessa de que a minha casa não cairá!" "...contudo estabeleceu comigo um concerto (aliança) eterno, que em tudo será bem ordenado e guardado..." (mesmo verso).

Deus havia prometido a seu antepassado Abraão, "Eu lhe darei uma casa segura e com alicerce firme. Eu lhe abençoarei, e toda a terra será abençoada através da sua semente" (significando Cristo).

Davi não tinha um profeta ao lado, lhe dizendo essas coisas. Não teve um sonho, ou visão, e nem voz interior lhe falando. Não -- ao enfrentar a eternidade, Davi não buscou nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, ele diz, "Deus me deu uma promessa de aliança em Sua palavra. Eu entrarei na eternidade me sustentando sobre essa promessa!" "...pois toda a minha salvação e todo o meu prazer..." (mesmo verso). Ele estava dizendo na essência, "Posso enfrentar a morte agora -- porque a única coisa que preciso é a Sua promessa".


Podemos falhar em nosso discernimento, em nosso ouvir, em nossas decisões. Mas podemos nos regozijar em Deus, que é a nossa força! Ele nos fará andar no caminho certo. Essa é a Sua obra. E devemos simplesmente nos render, aquietar e ver a Sua salvação!

O Senhor promete: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Isaías 41:10).


Aleluia!

19 novembro 2016

Rute, Deus trabalha nos detalhes da vida humana


Aqui está o resumo do livro de Rute, feito pelos idealizadores do The Bible Project. Leia o texto e depois assista ao vídeo abaixo.


Deus abençoe cada uma! Até domingo!


_____________________



O livro de Rute é uma brilhante obra de arte teológica e nos convida a refletir sobre a maneira como Deus está envolvido nas alegrias e sofrimentos de nossas vidas. Existem três personagens principais no livro: Naomi, a viúva, Rute, a moabita e Boaz, o fazendeiro israelita. A história é contada em quatro capítulos que são belamente projetados.

O Capítulo 1 abre com esta linha: "Nos dias em que os juízes governavam." Isso nos lembra de um dia muito escuro e difícil do livro de Juízes. Aqui encontramos uma família israelita em Belém, lutando para sobreviver à fome que assolava o país.

E assim, em busca de comida, eles se mudam para a terra de Moabe, antigo inimigo de Israel. Lá o pai da família morre. E os filhos se casaram com duas moabitas, Rute e Orfa. Depois, os filhos também morrem. E assim deixam só Naomi e suas noras. Naomi não tem motivos para ficar em Moabe. Então, ela diz às suas noras que ela voltará para seu país natal. Naomi sabe que a vida de uma viúva estrangeira solteira em Israel poderia ser muito difícil. Então ela convence aquelas mulheres para ficar ali, onde suas famílias habitavam. Orfa concorda. Mas Ruth não. Ela mostra lealdade notável a Naomi e diz: "Onde quer que você vá, eu vou. O teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus”. Assim, as duas retornam juntas a Israel. O capítulo 1 conclui com Naomi mudando seu nome para Mara, que significa amargo em hebraico.

Ela lamenta seu destino trágico. O capítulo dois começa com Naomi e Ruth discutindo onde elas vão encontrar comida. Era o início da colheita de cevada. Então Ruth sai para procurar comida e acontece que ela acaba pegando grãos no campo do homem chamado Boaz, que por acaso é o parente de Naomi. Dizem-nos que Boaz é um homem de caráter nobre, e ele percebe a presença de Ruth. Então, depois de descobrir mais sobre sua história, ele mostra generosidade notável para com ela. Ele lhe faz uma provisão especial, de modo que a imigrante Rute pôde colher grãos em seu campo. E ao fazê-lo, Boaz realmente obedeceu a um comando explícito da Torá ao mostrar generosidade aos imigrantes e aos pobres. Boaz está muito impressionado com a lealdade de Ruth à Naomi. Ele ora por ela para que Deus a recompense por sua ousadia.

Ruth chega em casa naquele dia. Naomi descobre que Ruth conheceu Boaz e fica emocionada. Ela sabia que Boaz era o redentor de sua família. Essa prática cultural em Israel consistia em que se um homem em uma família morresse, deixando esposa, filhos e bens, seria responsabilidade do parente mais próximo da família casar com aquela viúva, tomar a terra e proteger aquela família. Então nasce a esperança em Naomi de que talvez ainda exista um futuro para sua família. O capítulo três começa com Naomi e Ruth fazendo um plano para que Boaz perceba sua situação.

Então, Ruth vai parar de usar as roupas de uma viúva em luto. Ela vai mostrar sinais de que está disponível para casar-se novamente. Ruth vai encontrar Boaz na fazenda naquela noite e quando se aproxima, Boaz se acorda assustado. Ela, então, declara sua intenção: pergunta se Boaz redimirá a família de Naomi e casando-se com ela. Boaz fica mais uma vez espantado com a lealdade de Rute para com Naomi e sua família, e a chama de "Uma mulher virtuosa". Ele usa o mesmo termo que aparece em Provérbios 31. Boaz pede a Rute que aguarde até o dia seguinte. Ele resgatará Rute e Naomi legalmente diante dos anciãos da cidade. Assim, o capítulo termina com Rute retornando a Noemi, e elas se maravilham com todos esses eventos recentes. No capítulo quatro, a história se amarra perfeitamente.

Acontece que no último minuto, há um membro da família que é mais próximo de Naomi do que Boaz. E ele tem prioridade no caso. Mas, esse membro da família descobre que vai ter que casar com Rute, o Moabita, e por isso ele recusa. Mas Boaz lembrou que conhecia o verdadeiro caráter de Ruth. Desta forma ele adquiriu a propriedade familiar de Naomi, e se casou com Rute. E assim, no início, como Rute foi leal à família de Noemi, agora Boaz foi leal à família de Noemi também. A história termina com uma inversão de toda a tragédia no capítulo um. A morte de um marido e filhos é invertida quando Ruth casa-se novamente e dá à luz um novo filho, concedendo alegria a Naomi.

A simetria entre a abertura e o fechamento é ainda mais notável. Portanto, lembre-se de que a tragédia da abertura foi seguida por um grande ato de lealdade por parte de Rute. E, no final, esse ato de lealdade é recompensado pelo ato de lealdade de Boaz, que leva à restauração final da família. Essa simetria também se destaca em cada capítulo: todos eles começam com Noemi e Rute fazendo um plano para o futuro, e eles caminham para o encontro providencial entre Rute e Boaz. Cada capítulo conclui com Naomi e Ruth alegrando com o que aconteceu. Os fatos são projetados de uma forma belíssima.

Esse design realmente se conecta com uma característica muito interessante da história. Deus é pouco mencionado na história. Os personagens falam sobre Deus algumas vezes, mas o narrador não menciona uma só vez que Deus tenha feito algo diretamente na história, e isso é brilhante. Vemos a providência de Deus sendo delineada nos bastidores de cada cena da história, tecendo as circunstâncias e escolhas de todos esses personagens. A tragédia de Naomi leva-a a pensar que Deus possa estar punindo-a, mas na verdade toda a história é sobre a missão de Deus para restaurá-la, ela e sua família. Deus faz isso através de Rute. Por sua ousadia e lealdade Ruth traz cura para a vida de Noemi. Mas não sem Boaz, que não é um fazendeiro qualquer, mas um homem cheio de generosidade e lealdade também. Então Deus usa a integridade de Boaz combinada com a ousadia de Ruth para salvar Naomi e sua família.

Assim, esta história explora brilhantemente a interação dos propósitos e vontade de Deus com a decisão e a vontade humanas. Deus escreve a história juntamente com os fiéis de seu povo, para realizar Seus propósitos redentores no mundo. E isso nos leva ao fim real da história. O livro de Rute conclui com a genealogia, mostrando como Boaz e Obede, filho de Rute, foi o avô do rei Davi, de quem veio a linhagem do Messias. Então, de repente, esses eventos ordinários, aparentemente mundanos nesta história, são tecidos na grande história de Deus para a redenção do mundo inteiro. E assim o livro de Rute nos convida a considerar como Deus pode estar trabalhando nos detalhes humanos e extremamente comuns de nossas vidas, para realizar Seus propósitos eternos. Este é o ensinamento do Livro de Rute.





29 outubro 2016

Resumo das Lições (1-5) | Quarto trimestre de 2016

Paz do Senhor!

Desculpem a demora... Mas aqui estão os esboços das cinco últimas lições do quarto trimestre de 2016, elaborados pela Superintendência das Escolas Dominicais do nosso estado, Pernambuco.

Baixem e estudem. Essa é mais uma forma de ampliarmos os assuntos ministrados a cada domingo. Nosso tempo em classe é sempre pequeno demais para tudo o que podemos extrair dos temas de cada lição. Aproveitem essa dádiva!

Deus abençoe vocês.

LIÇÃO 01 - A SOBREVIVÊNCIA EM TEMPOS DE CRISE

LIÇÃO 02 - A PROVISÃO DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS

 

LIÇÃO 03 - ABRAÃO, A ESPERANÇA DO PAI DA FÉ

 

LIÇÃO 04 - A PROVISÃO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

 
 
 
 
 
 

27 setembro 2016

Folhetos para a Evangelização + Vídeos que inspiram

Paz do Senhor!

Concluímos a lição do terceiro trimestre de 2016. Nela aprendemos sobre a evangelização. Na penúltima aula, distribuímos um folheto para ajudá-las a transmitir a mensagem da salvação de uma forma concisa e eficiente. Seguem abaixo as imagens que poderão ser impressas em folhas de A4, reproduzidas por vocês de forma livre. Esse material é para uso na propagação do Reino de Deus. Quanto mais vocês divulgarem, melhor.

 


Este segundo panfleto eu consegui através do site Evangelismo Bíblico. Vocês podem entrar lá e usar os vários recursos disponibilizados para download. 




Aqui abaixo estão alguns vídeos excelentes. Assistam sempre que puderem. Com toda certeza, vocês serão edificadas. Sempre que evangelizo, procuro usar as estratégias apresentadas no vídeo e sempre funciona. 

Um abraço a todas e vamos evangelizar! Domingo tem campanha. Não percam a oportunidade de envolver-se nessa obra tão maravilhosa!

Deus abençoe!











26 setembro 2016

Documentario de Dr Martyn Lloyd Jones sobre George Whitefield

Paz do Senhor!

Aqui está o vídeo citado na última aula. Vejam e inspirem-se! Isso faz parte da nossa história.

Deus abençoe vocês.


27 agosto 2016

Livros Indispensáveis

Paz do Senhor!

Desculpem o atraso... Aqui estão os livros sugeridos para leitura na última aula sobre o evangelismo no mundo acadêmico e político.

Façam bom uso!

Deus abençoe a cada uma!

Clique na imagem para baixar:

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14 agosto 2016

LIÇÃO 7 - O EVANGELHO NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO

Paz do Senhor, queridas!!

Neste domingo (14/08), estaremos estudando a lição 7, que certamente será de muita valia para nossa classe, considerando que praticamente todas as alunas frequentam ambientes acadêmicos.
Para enriquecer nosso estudo, disponibilizamos aqui o subsídio da lição elaborado pela Superintendência das EBDs de nosso estado.
Que o Senhor nos ajude a sermos luz do mundo e sal da terra onde quer que estejamos!!

* * *


  Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000  Fone: 3084 1524

LIÇÃO 07 – O EVANGELHO NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO
3º TRIMESTRE DE 2016 (Dn 2.24-28)

INTRODUÇÃO
            Nesta lição trataremos de alguns desafios específicos quando tentamos evangelizar universitários e pessoas que ocupam cargos políticos. Falaremos também de que é necessário anunciar o Evangelho de forma estratégica a fim de que a mensagem de Cristo possa alcançar o coração dos pecadores nestes lugares; e, por fim, destacaremos a pessoa do apóstolo Paulo como um missionário que cumpriu o seu chamado de evangelizar os povos, alcançando tanto leigos como intelectuais, tanto plebeus como reis e magistrados.

I - A UNIVERSIDADE E O MUNDO ACADÊMICO NA HISTÓRIA BÍBLICA
            Pode parecer sem sentido falar-se em universidade na Bíblia; mas, há referências que indicam a existência de pessoas que tinham estudos de “nível superior” para sua época, mesmo que não houvessem instituições formais de ensino universitário nos moldes que a conhecemos hoje. Vejamos alguns exemplos de personagens bíblicos que se destacaram em sua “vida universitária”:

1.1 Moisés. O líder do êxodo “foi instruído em toda a ciência dos egípcios, era poderoso em palavras e obras” (At 7.22). Certamente, Moisés tinha obtido instrução de nível superior no Egito, e segundo Filo, historiador judeu do 1º século, citado por Norman (2005, Vol 3, p.149), “Ele conhecia (...) as ciências como astronomia, medicina, matemática, filosofia religiosa(...)”  “(...) acrescendo-se ainda a aritmética, geometria, todo ramo de música, os hieróglifos, e os idiomas assírio e o caldeu”. Moisés era um homem erudito, tendo a qualificação necessária para ocupar o trono egípcio, como “filho da filha de Faraó” (Hb 11.24).

1.2 Os jovens hebreus. Daniel e seus três companheiros exilados em Babilônia, foram escolhidos não só por serem das famílias reais e nobres hebraicas, mas por possuírem qualificações acadêmicas(...) instruídos em toda sabedoria, doutos em ciências, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei(...)” Dn 1.4,.  Daniel também possuía habilidades político-administrativas, foi estadista durante o governo de Nabucodonosor (Dn 2.48,49), Belsazar (Dn 5.29) Dario, o medo, e Ciro, o persa (Dn 6.28). Após passarem pela prova de sua fé, não se contaminando com o manjar do rei, os moços hebreus receberam de Deus qualificações espirituais “conhecimento e inteligência em toda a cultura e sabedoria, mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos” (Dn 1.17). Daniel e seus três amigos foram reeducados cientificamente na língua e na cultura dos caldeus (Dn 1.4), nos textos cuneiformes em acádio, uma vasta gama de resumos sobre religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em aramaico. E mesmo assim, tiveram uma vida e uma carreira acadêmica de testemunho.

1.3 Jesus entre os doutores de Israel. O adolescente Jesus, aos 12 anos de idade, teve a oportunidade singular de, com a sabedoria divina, confundir os doutores e sábios de Israel (Lc 2.46-47). Os doutores de Israel eram, sem dúvida, pessoas de nível “universitário” para a sua época. O menino Jesus os sobrepujou em tudo, pois crescia “em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52).

1.4 O apóstolo Paulo. Devemos, também, considerar a ascendência “universitária” judaica de Paulo (Fp 3.5). Na escola da sinagoga o menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade, aos dez anos, estudou a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo (falava hebraico, grego, aramaico e latim). Passou em Jerusalém sua juventude “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei...” (At 22.3; 26.4). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. Segundo a profecia de Atos 9.15 o público para quem Paulo foi enviado incluía as autoridades políticas “[...] para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis [...]”.

II – PAULO, UMA TESTEMUNHA DE CRISTO NO MUNDO POLÍTICO E ACADÊMICO
            Embora servos de Deus como: José e Daniel deram testemunho da sua fé em Deus diante dos governantes (Gn 41.16,25,28,32; Dn 2.27,28,37,44,45; 4.27; 5.22,23), destacaremos aqui a vida do apóstolo Paulo. Mesmo sem dispor de Rádio, Televisão, Internet e meios de transportes modernos, ele pôde ganhar milhares de vidas para Cristo. Segundo a profecia de Atos 9.15 o público para quem Paulo era um público vasto, que incluía as autoridades políticas “[...] para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis [...]”. Este nobre servo do Senhor foi um missionário exemplar, levando a mensagem aos que estavam no mundo acadêmico e político, como podemos ver abaixo:

2.1 No mundo político. O registro de Atos nos mostra Paulo pregando para o procônsul Sérgio Paulo, em sua primeira viagem missionária (At 13.1-3,7). Aquela autoridade ao ouvir a mensagem do evangelho creu no Senhor (At 13.12). Em Cesaréia Paulo também testemunhou de Cristo as autoridades políticas (At 26.1-32). Ele fora para lá para ser julgado, visto que as autoridades judaicas queriam a sua morte (At 25.14,24; 26.21). Quando trazido a presença dos magistrados, o apóstolo foi autorizado a dar o seu depoimento (At 26.1). Aproveitando a oportunidade o servo do Senhor, testemunhou da sua fé da seguinte forma:  (a) Paulo falou educadamente (At 26.1-3); (b) Paulo relatou a sua transformação, por meio do evangelho (At 26.4-12); (c) Descreveu sua experiência com Jesus no caminho de Damasco (At 26.13-19); e, (d) Pregou o evangelho a todos os presentes (At 26.20-32).

2.2 No mundo acadêmico – Paulo em Atenas (Atos 17). A cerca de Atenas nos diz Beacon (2006, p. 340)  “Atenas foi o maior centro de cultura e educação da antiguidade. A escultura, a literatura e a oratória de Atenas, nos séculos V e IV a.C., nunca foram ultrapassadas; também na filosofia ela ocupava um lugar de liderança, sendo a terra natal de Sócrates e de Platão, e o lar adotivo de Aristóteles, Epicuro e Zeno. Assim como Roma, Atenas ainda é uma das grandes capitais do mundo”. Lucas, nos registra qual a reação de Paulo diante desta importante cidade da Grécia: (a) Paulo viu a sua idolatria (At 17.16-b); (b) Paulo se comoveu por tal situação de ignorância (At 17.16-a); (c) Paulo pregou o evangelho (At 17.17,18). Em sua pregação Paulo se dirige aos judeus na sinagoga e na praça com os gentios (At 17.17). Quando levado ao Areópago, Paulo prega para dois grupos de filósofos chamados de epicureus e estóicos, sobre a revelação de Deus (At 17.30,31).

III – COMO PREGAR NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO
            A Bíblia não somente orienta-nos a pregar o evangelho como também nos ensina a forma como devemos pregar. É preciso usar estratégias a fim de que a preciosa mensagem de Cristo alcance os corações dos ouvintes. Vejamos algumas formas com as quais podemos anunciar o evangelho nos ambientes acadêmico e político:

3.1 Ter consciência que há uma estratégia especifica para alcançar cada segmento social. Paulo nos diz “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele (1Co 9.19-23).

3.2 Com a própria vida (1Pe 3.1). Nenhum testemunho acerca de Cristo é tão impactante na evangelização quanto o testemunho pessoal (Mt 5.13-16). Pedro nos ensina que a melhor defesa não é uma argumentação veemente, mas um bom procedimento em Cristo, o testemunho silencioso de uma vida santa centrada no Senhor Jesus (1Pe 1.14-16; 2.12). Pois, de nada adiantará pregarmos a mensagem de Cristo senão reproduzirmos no dia a dia, os traços do seu caráter em nosso comportamento (Tt 3.8; Tg 2.12; 1Jo 2.6). Os universitários cristãos devem produzir frutos dignos de um salvo, como também aqueles que estão assumindo cargos públicos a fim de que o Nome do Senhor seja glorificado (Mt 5.16; 1Co 10.31;  1Pe 3.15).

3.3 Com respeito e mansidão (Tt 3.2; 1Pe 3.15). Isso implica em respeito as autoridades, professores, políticos, etc. Jesus sabia lidar com as pessoas (Jo 4.6-10). O apóstolo Pedro nos recomenda agir da mesma forma, quando as pessoas perguntarem o motivo da nossa crença “[…] e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.

3.4 Com sabedoria (Cl 4.5). Além de mansidão e respeito, precisamos ter sabedoria para comunicar o evangelho de Cristo. O termo grego para ‘sabedoria’ é ‘sophia’ e significa: “habilidade nas questões da vida”, “sabedoria prática”, “administração sábia e sensata” ou “uso correto do conhecimento” (Lc 21.15; At 6.3; 7.10; Cl 1.28; 3.16; 4.5)” (STAMPS, 1995, p. 1926). Esta encontra-se a disposição daquele que busca em oração (Ef 1.17; Tg 1.5). O apóstolo Tiago diz que a sabedoria divina é “[…] primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tg 3.17). Jesus prometeu aos seus seguidores que lhes daria sabedoria para responder acerca da sua fé, quando fossem questionados (Mt 10.17-20).

3.5 Com Equilíbrio (2Tm 4.5). Paulo recomenda a Timóteo “(...) Sê Sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”. É preciso equilíbrio para que no testemunho verbal, possamos esperar o momento certo, para trazermos a palavra certa, e assim, produzir o efeito desejado (Pv 25.11; Ef. 4.29); Ser equilibrado é ter a maturidade cristã necessária para esse tipo de evangelismo específico.

3.6 Com Humildade (Jo 13; Fl 2.3). A humildade é a atitude fundamental na vida do cristão, pois ela demonstra como vivenciamos nossa fé e a testemunhamos em meio a sociedade. Jesus foi o nosso maior exemplo de humildade (Mt 11.28-30; Jo 13; Fl 2.6-8); Pedro nos recomenda humildade (1Pd 5.5), a Igreja primitiva servia ao Senhor com simplicidade e singeleza de coração (At. 2.46). A humildade nos leva a reconhecer os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3) e a reconhecer nossa pequenez diante de Deus (Jó 42.2; Rm 15.18,19; 2Co 3.5; 4.7).

3.7 Com Oração e Jejum (Dn 6.10; 9.4; 10.2,3; 1Ts 5.17; 1Tm 2.1,2; Mt 6.16,17; 17.31; Mc 14.38;  Lc 5.33-35). Toda obra evangelística requer uma preparação espiritual, portanto Orar e Jejuar é atividade primordial para alcançarmos qualquer vida sem Cristo. Pois travamos uma batalha espiritual diária contra as forças das trevas (Ef. 6.12; 1 Pe 5.8), por isso precisamos estar preparados (Ef. 6.10,11,13-18; 1Pd 5.9).

3.8 Na dependência do Espírito e no poder de Deus (Jo 16.13; 1Co 2.4,5; 2Co 3.5; Ef. 5.18; 6.19,20). O apóstolo Paulo não procura fazer uso de seu conhecimento filosófico para ganhar os coríntios que eram influenciados pela filosofia grega, antes, Na dependência do Espírito, procurava apresentar a Cristo no poder do Espírito Santo, pois Cristo é o Poder de Deus e Sabedoria de Deus (1Co 1.24).

CONCLUSÃO 
            Sem sombra de dúvidas, a evangelização é uma tarefa desafiadora. Ainda mais quando se trata de testemunhar de Cristo no mundo acadêmico e político. Faz-se necessário que nós cristãos saibamos de forma prudente comunicar as Boas Novas de salvação da forma correta, mostrando aos acadêmicos e aos políticos que, ser cristão não é cometer suicídio intelectual; que fé e a razão são convergentes, não excludentes.

REFERÊNCIAS
·       EARLE, Ralph. Comentário Bíblico Beacon. Vol 07. CPAD.
 
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