16 novembro 2010

A Disciplina da Oração

O Único Meio de Contato para a Submissão

"Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica pro todos os santos" Efésios 6.18

Por que devemos orar? Independenemente das famosas famadas bíblicas à oração, há duas grandes razões humanas por que devemos orar. A primeira, percebe-se no fato de que a oração é a fonte de poder para o crescimento e a perseverança em nossa vida espiritual. Da mesma maneira que as sementes plantadas recentemente precisam de exposição ao sol para crescer e amadurecer, assim precisamos de exposição ao Sol da Justiça, ou nosso crescimento será detido; nossa alma se tornará insignificante.

A segunda razão é que a oração aplica nossa vontade à vontade de Deus, é o que nos faz submeter a tudo o que diz respeito a nossa vida. Nunca tinha entendido completamente essa verdade até que ouvi uma explicação de E. Stanley Jones, missionário e homem de oração: “Se eu jogar um croque (gancho metálico) do barco e prendê-lo na costa da praia e puxar, é a praia que vem até a mim ou eu é que vou até a praia? Oração não é conduzir Deus a minha vontade, mas é o alinhamento da minha vontade à dele”. Oração não diz respeito a fazer com que Deus execute minhas ordens, mas a moldar e dobrar minha vontade até que se alinhe com a dEle.

Que benefícios angustiantes! Contudo, poucas de nós capitalizam esta oportunidade de extrair da “fonte” o poder que precisamos para pressionar nossa vontade ou fazê-la dobrar em submissão a Deus. Por que tantas mulheres são malsucedidas nas devoções pessoais e na oração? Primeiramente, porque não sabem manter o cultivo das disciplinas da vida espiritual interior. Mas estas disciplinas são bem recebidas pelas mulheres do evangelho.

Antes de nos aprofundarmos mais, entendamos desde já que a vida de oração não pode ser reduzida a algumas regras simples. Estas áreas da experiência espiritual são extremamente dinâmicas e pessoais para uma redução simplista. O que é bom para uma pessoa pode não ser certo para outra.

Embora vamos discutir cinco aspectos da interação com Deus na devoção e oração (meditação, confissão, adoração, submissão e petição), não há ordem prescrita. O ritmo da vida demanda que nos lancemos diretamente em petições como “Deus, me ajude!” (que é como , na maioria das vezes, começo). Em outras vezes, nos dedicamos quase inteiramente à confissão, meditação e adoração.

Meditação

A meditação cristã não é do tipo “transcendental” associados com mantras resmungados na posição de lótus. Os cristãos não são ensinados a esvaziar a mente! A meditação começa com o exercício devocional de ouvir a Palavra de Deus. As palavras da Bíblia não são meramente para serem lidas, mas ouvidas. Elas são designadas a tocar o coração. Salmos 40.8 diz: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração”.

A meditação também é verbal. Quando o salmista fala sobre meditar na lei de Deus de dia e de noite (Sl 1.2), ele usa uma palavra que significa “murmurar”. Murmurar a Palavra de Deus, voltar-se a Ele, em oração, envolve memorizá-la ou orar com a Bíblia aberta. Junto com a leitura sistemática da Bíblia, devemos escolher segmentos importantes para verbalizar com reverência.

Quando minhas filhas eram crianças, memorizei, para este fim, Fp 4.6: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ações de graças”.

Por ter feito isso, achei-me recitando continuamente frases muito necessárias: “Não fique inquieta por coisa alguma”; “Obrigada, Senhor, por tua paz prometida”; “Farei com que minhas petições sejam conhecidas diante de Deus”.

Você pode começar com um ou dois versículos. Há passagens mais longas e clássicas que parecem feitas sob medida para a meditação, como os Dez Mandamentos, ou as oito Bem-aventuranças e a Oração do Senhor. Revolver-se lenta e dedicadamente nas Escrituras, desta maneira, nos prende os olhos, os ouvidas e a boca, e vai até ao coração. Os efeitos da meditação trazem:

Refrigério: “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma” Sl 19.7

Sabedoria: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábios que os meus inimigos, pois estão sempre comigo” Sl 119.97,98

Aumento de fé: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” Rm 10.17

Como meditar? A Bíblia diz que a meditação deve ser ininterrupta, “de dia e de noite” (Sl 1.2; 119.97,148; Sl 63.6). Idealmente, você pode fazer da meditação parte de suas devoções, sua hora tranqüila isoladamente com Deus. Mas até sua agenda cheia pode ser pontuada com meditação bíblica – no carro, na hora do almoço, enquanto espera o ônibus. Escreva um texto num cartão e coloque-o no bolso ou na bolsa. Retire-o num momento de folga. Murmure-o. Memorize. Ore. Diga. Compartilhe.


Bárbara Hughes (extraído do livro "Disciplinas da Mulher Cristã", ed. CPAD)

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